Cães e gatos escutam muito mais do que a gente. Agora imagine durante a queima de fogos! Eles não entendem o que está acontecendo e podem ficar muito assustados. Por isso, podem entrar em pânico e os donos, muitas vezes, não sabem o que fazer. Se esse for o seu caso, confira algumas dicas de como acalmar o seu cão ou gato nesse momento, evitando que se machuquem ou fujam de casa.
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Por que seu pet tem medo de fogos?
Não importa o tamanho ou a idade do seu pet: a maioria deles se sente ameaçada com os fogos de artifício. Isso acontece tanto por causa do alto volume do som quanto pelo cheiro e pelas luzes. Eles tremem, latem, miam, arranham, choram, tentam fugir e ficam agitados. É como um ser humano ficaria em meio a um bombardeio inesperado, em especial quando não estão acostumados com isso.
Barulho alto
Pelo fato de que os cães e gatos têm ouvidos muito mais sensíveis do que os humanos, capazes de ouvir 4 vezes mais sons do que as pessoas, imagine o quão alto é o som de um fogo de artifício para eles. É realmente assustador. Se for um filhote e o som estiver muito perto pode até danificar sua audição.
Ameaça
Outro motivo é a sensação de estarem com sua segurança ameaçada, já que o som e o brilho começam de repente e eles não sabem o que está acontecendo. É por isso que alguns pets ficam agressivos, pois querem se defender de alguma forma. Já outros tentam fugir ou se esconder.
Gatilho de estresse
Em especial para os animais que sofreram alguma situação traumática com sons muito altos, os fogos são um gatilho para o estresse, fazendo-os agir com muito medo e ansiedade, junto com sentimentos de angústia e falta de proteção.
Genética
Existem casos em que o gato ou cachorro com medo de fogos tem essa reação por causa genética, fazendo-o ser mais medroso em diversas outras situações. Isso porque em sua linhagem, já se percebia esse traço desenvolvido, passando de geração para geração. Apesar de ser um agravante, não é impossível amenizar a situação.
O que fazer com gato ou cachorro com medo de fogos
Agora que já você sabe quais são as principais causas de cachorro com medo de fogos, veja o que pode ajudar a amenizar a situação. O ideal seja impedir que os fogos fossem utilizados pelas pessoas, mas infelizmente está fora do seu alcance. Então, veja as medidas que você pode tomar para proteger seus bichinhos:
1. Transmita tranquilidade
Antes de tudo é importante que o cão possa estar perto do seu tutor no momento dos fogos para que se sinta protegido por alguém da sua confiança. Ao mesmo tempo é importante que o tutor transmita tranquilidade e naturalidade com a situação. Não deve segurá-lo como se também estivesse com medo, nem agitá-lo, atiçando ainda mais o seu pavor.
2. Deixe seu pet por perto
O cão ou gato não deve ser obrigado a ir para um canto longe ou ficar sozinho em um quarto. Menos ainda ficar acorrentado ou preso em gaiolas. Ele deve se sentir à vontade, seja embaixo da mesa, cama ou no colo. Quanto mais tranquilo ele ficar, melhor irá lidar com esse momento.
3. Interaja com seu bichinho
Um pouco antes dos fogos começarem, fique por perto e faça carinho, brinque com ele e, se possível, dê atenção exclusiva, caso sinta que ele quer. Gatos costumam ser ficar mais ariscos e não aceitar brincadeiras ou colo, respeite sua escolha.
4. Feche a casa
Fechar portas e janelas pode aquecer um pouco o ambiente, mas vai ajudar muito seu amigo de 4 patas. Isso porque, além de reduzir os flashs, também vai deixar o som mais suportável. Outro benefício para seu gato ou cachorro com medo de fogos é que o cheiro não ficará tão intenso, deixando o momento mais aceitável e menos propenso a fugas.
5. Técnica da amarração com pano para cães
Há uma técnica chamada Tellignton Touch que vai ajudar a acalmar seu cachorro. Essa manobra consiste em atar o seu cão com uma faixa de pano, apertando o dorso dele e fazendo com que a sua circulação sanguínea das extremidades do corpo seja estimulada, diminuindo a tensão no dorso e acalmando-o. Veja como fazer:
- Programe-se para 30 minutos antes de os fogos começarem, assim o cão já estará se acostumando com a faixa;
- Amarre de forma que a faixa “abrace” peito e dorso (formando um oito);
- Finalize com um nó na região traseira, perto da coluna;
- Tenha muita atenção para não apertar demais. Deve apenas ficar firme, como se ele estivesse sendo abraçado.
Essa técnica funciona com muitos cães porque o ato de “amarrar” tem repercussões no sistema nervoso dele que recebe a informação, envia ao cérebro e deixa-o mais calmo, ativando seu sistema nervoso autônomo. Porém, isso não funciona para os gatos, que ficariam mais estressados.
6. Separe os pets
Pode ser que o estresse causado pelos fogos faça com que seus pets comecem a brigar e possam até se machucar. Por isso, separe seus gatos e cachorros durante a queima, deixando sempre alguém querido deles para tomar conta.
7. Mantenha um som de fundo
Deixe uma música com som constante de fundo ou até mesmo o barulho das ondas no mar, caso seu pet não tenha medo. Isso vai reduzir o efeito das explosões, que vão parecer muito mais significativas no silêncio total.
8. Abafe o som com cobertores
Você pode colocar cobertores ou mantas pesadas sobre as portas e janelas fechadas, abafando melhor o som. Além disso, pode fazer um ‘ninho’ especial para eles se esconderem durante a queima, já que o tecido grosso em camadas tende a reduzir os barulhos.
9. Tampe os ouvidos do pet
Compre tampões de silicone exclusivos para gatos ou cachorros e use somente no momento da queima. Se não encontrar, pode usar também um pedaço grande de algodão. Remova assim que possível, pois se ficar muito tempo pode causar inflamação.
10. Use os alimentos corretos
Nada de extravagância na alimentação em dia de fogos. Eles podem ficar ansiosos e vomitar tudo. O ideal é uma oferta de alimentos leves e em quantidades fracionadas. Se quiser, pode dar um osso bem grande (como a canela de boi), para roerem um um brinquedinho novo e se distraírem.
Nunca use medicamentos sem falar com o veterinário primeiro. Se seu gato ou cachorro sofre com algum problema cardíaco ou neurológico, busque orientações com seu veterinário de confiança. No mais, é tentar pedir para seus vizinhos e amigos buscarem uma forma mais sadia e civilizada de comemoração, na esperança de que essa cultura um dia se modifique.
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