Hoje, dia 1º de março, é o sexto dia de guerra entre Rússia e Ucrânia. Ontem, a Rússia foi acusada de usar uma arma proibida, chamada bomba de fragmentação, contra civis em Kiev e outras localidades.
Esta arma, quando é lançada, libera vários explosivos menores, com o objetivo de causar o maior dano em uma área mais ampla.
Além disso, nem todos os explosivos são detonados e podem ser encontrados mais tarde por civis, aumentando o risco de vítimas e de mortes.
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Bomba de fragmentação é proibida
Esse tipo de armamento é proibido, mas não para a Rússia. Existe um tratado internacional, em vigor desde 2010 e com a adesão de mais de 100 países, proibindo o uso da bomba de fragmentação. No entanto, a lista não inclui Rússia, Estados Unidos e nem o Brasil.
ONG’s denunciaram
O uso de bombas de fragmentação foi denunciado por grupos de direitos humanos, como as ONG’s Human Rights Watch e Anistia Internacional.
Uma das denúncias, feita pela ONG Anistia, foi sobre um ataque contra uma creche na cidade de Okhtyrka, na região de Sumy, que faz fronteira com a Rússia, no dia 25 de fevereiro. Segundo a ONG, a ação deixou três mortos, incluindo uma criança.
A Anistia cita informações obtidas pela agência de checagem Bellingcat, mostrando que destroços de armas usadas nessas áreas são similares ao de foguetes usados em ataques com bombas de fragmentação.
“Não há possível justificativa para usar bombas de fragmentação em áreas povoadas, quanto mais perto de uma escola”, afirmou, em comunicado, Agnès Callamard, secretária-geral da Anistia Internacional.
“Esse ataque traz todas as marcas do uso indiscriminado pela Rússia dessa arma banida internacionalmente, e mostra um flagrante desrespeito pela vida dos civis”, acrescentou.
A ONG Human Rights Watch denunciou o uso de armas de fragmentação perto de um hospital na região separatista de Donetsk, mas em uma área controlada pelo governo, no dia 24 de fevereiro. Foram quatro mortos e dez feridos.
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Fonte: O Globo Mundo