De acordo com a Agência Nacional de Saúde (ANS), “o índice razoável de cesáreas é de 15% dos nascimentos. No Brasil, 55,6% dos 2,9 milhões de partos realizados anualmente são cirúrgicos“. O quadro se agrava muito mais na rede privada, seja particular ou através de planos de saúde. Nesse caso, o índice de cesarianas é de quase 85% dos partos.
Essa não é uma estatística aceitável, já que o parto cesáreo traz maiores riscos para a mãe e o bebê, apesar de ser mais prático para os médicos e estabelecimentos de saúde. Porém, também não se recomenda o parto doméstico, sem acompanhamento médico. Mas, às vezes, não dá tempo para que o profissional chegue, então o que fazer? No caso de Nara, bastou uma vozinha muito querida. Conheça a história!
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Avó ajuda a neta em trabalho de parto
O que poderia ter sido um momento de tensão e até medo para essa família se tornou uma recordação especial, que irão guardar para o resto da vida. Nara Letícia estava em casa, tranquila e sem sentir dores. Ela estava feliz, pois estava recebendo a visita de sua avó, Neinha Castro, que veio passar umas semanas com a neta e conhecer seu bisnetinho.
Nara já estava na 37ª semana e tudo estava tranquilo, porém, sem aviso, ela começou a sentir muitas cólicas. Ainda era de madrugada, por volta das cinco horas, quando as dores intensas surgiram. Já estava entrando em trabalho de parto, com contrações fortíssimas e em espaços curtos de tempo.
Ela pediu então que ligassem para o seu médico, avisando o que estava acontecendo e pedindo orientações. Porém o pequeno não queria esperar para chegar ao hospital, ele estava, de fato, vindo ao mundo. Quem percebeu foi sua bisavó, pedindo para que a neta deitasse imediatamente na cama, para não machucar o bebê.
Assim que Naira deitou, ela não precisou nem fazer força e o pequeno Oto Noronha nasceu. E quem ajudou foi a dona Neinha, com a experiência nada prática que teve. Ela trabalhava na parte administrativa de um hospital, quando jovem. Como era muito curiosa, acompanhou alguns partos, mas nunca participou ativamente de um.
Complicação
Naira teve um parto tranquilo, em casa, sem ter ao menos que fazer esforço. Porém, não foi assim tão simples. O pequeno Oto nasceu com o cordão umbilical enrolado no pescoço, o que poderia até mesmo levá-lo a óbito. Mas dona Neinha não deixaria isso acontecer. Ela agiu rápido e conseguiu tirar o cordão do pescoço do bisneto, que logo deu seu primeiro chorinho.
Foi um momento único, tenso e lindo para a vida da família. O pequeno levou o nome do seu bisavô como uma forma de homenagem. De acordo com as mulheres, ele estava presente ali, naquele momento, ajudando no processo. Porém, para a avó orgulhosa, todo o mérito é de Naira, que manteve a calma durante todo o processo. Sem dúvidas, uma família abençoada.
Oto e sua mãe passam bem e foram acompanhados no hospital, para os cuidados necessários, após o parto. Ele é um menino forte e com muita sorte. Não apenas por se livrar do cordão umbilical que poderia ter posto fim a sua vida, ainda na barriga. Mas também por ter uma família que o ama e cuida, unida e feliz.