Você já ouviu falar em bicho geográfico? Sem dúvidas, é um incômodo sem igual, podendo atingir adultos e crianças. Saiba mais sobre esse parasita, como a forma de transmissão, sintomas e principalmente, os tratamentos.
O que é
Bicho geográfico é o nome popular para a larva migrans, um Ancylostoma, parasita que se deposita por baixo da pele. Ele é caracterizado pelos caminhos que deixa sob a pele, formando linhas vermelhas, que lembram mapas – por isso seu nome vulgar. Apesar de se tratar de uma parasitose, não é tão preocupante quanto outras em sua fase inicial, mas pode incomodar bastante.
Sua fase adulta se encontra normalmente no intestino de cachorros e gatos, sendo suas fezes contaminadas com estes e seus ovos. Claro que não se está falando de todos os animais, mas sim aqueles que não receberam remédio para verminose e que estejam contaminados especificamente com a larva migrans.
Como é a transmissão
A transmissão se dá pelo contato da pele com a larva, encontrada normalmente na areia e também na grama. A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) diz que são comuns em “caixas de areias de parques infantis ou outros locais arenosos, que foram previamente frequentados por cães e gatos infestados por vermes adultos, que liberam ovos que vêm a ser depositados na areia”.
São pequenas larvas que literalmente abrem um pequeno buraco na pele do hospedeiro, entrando assim no novo corpo. Porém, ela não consegue ultrapassar as camadas mais profundas da pele, migrando pela epiderme. Dessa forma, ela vai comendo a pele por baixo e deixando um rastro demarcado muito característico.
Sintomas
Em sua fase inicial, ele parece somente um pontinho vermelho que coça muito. É bem fácil de confundir com uma picada de inseto, por exemplo. Porém, à medida em que as horas passam, a aparência começa a se modificar. Ele passa de um pontinho para o que seria um ponto maior e depois um pequeno risco. A partir daí, se formam os caminhos característicos do parasita.
Esses caminhos são vermelhos e causam intenso prurido, incomodando muito o paciente. É mais normal que sejam encontrados nos pés, mas outros locais muito comuns são as costas, barriga e as nádegas. Nelas, a aparência se modifica um pouco, ficando com menos caminhos e mais papulosa, dificultando o diagnóstico correto e possível tratamento.
Tratamento para bicho geográfico
O médico Drauzio Varella mostra que o tratamento vai depender do grau em que a doença se encontra. Claro que há medidas naturais e outras medicamentosas, sempre com foco em eliminar o parasita. Veja então quais são as recomendações que ele faz com relação ao tratamento contra bicho geográfico:
- Aguardar: sim, uma das opções é não fazer nada que ela pode morrer sozinha. Mas isso entra no campo das possibilidades. O ideal é utilizar alguma técnica para resolver o problema;
- Gelo: a aplicação de gelo pode ajudar a reduzir a coceira, inchaço e até matar a larva, em estágio inicial;
- Neve carbônica e cloreto de etila: agem da mesma forma que o gelo, porém com maior intensidade;
- Remédios: a depender da gravidade, pode ser necessário que o paciente tome anti-helmínticos simples.
Porém, melhor do que tratar é tomar cuidado para não se contaminar. Assim, evite parques públicos com areia por onde circulam cachorros de rua. O mesmo vale para praias e outros locais que possam ser contaminados pela larva. Sente sempre sobre uma esteira e use sandálias quando estiver fora de casa.