Se alimentar certinho, a cada 3 horas, com alimentos balanceados é a melhor forma de manter a saúde perfeita, certo? Errado, segundo o professor e responsável pelo Laboratório de Neurociência do Instituto Nacional de Envelhecimento, Mark Mattson. Ele prega que fazer jejum oferece ganhos incríveis para o cérebro, parecidos inclusive com os que são alcançados durante a realização de exercícios físicos. Estudos mostram que a privação de calorias e de alimentos potencializam a multiplicação de neurônios, aumentam as conexões e fortalecem os impulsos nervosos.
Mas é para parar de comer?
Calma! Antes de fazer a limpa na geladeira e decidir que não vai se alimentar nunca mais nessa vida, procure um médico para avaliar sua saúde e fazer o acompanhamento nutricional adequado para o seu corpo. Mas se você está interessado no assunto e quer entender melhor o que diz a pesquisa, vamos lá. O estudo revela que quando o nosso corpo detecta que estamos com fome, mas ainda não saciamos essa vontade, ele gera uma reação que deixa o cérebro mais ligado e operante, melhora a comunicação entre os neurônios, facilita o aprendizado e estimula a memória.
De acordo com o trabalho publicado no site científico The American Journal of Clinical Nutrition, o jejum ajuda a diminuir a incidência de câncer, doenças cardiovasculares e auxilia no controle de excesso de açúcar no sangue. Além disso, ainda preserva e recupera o sistema imunológico.
Durante o período de abstinência, é ativado um comando para economizar a energia disponível no corpo e esse processo acaba eliminando células antigas que não estavam funcionando de maneira satisfatória. Quando a próxima refeição é consumida o organismo já passou por uma limpeza celular e agora dispõe de novas células no auge de seu desempenho. Essa renovação ajuda a adiar e até impedir doenças degenerativas.
Método mais famoso
Chamado de 5 por 2, ele funciona da seguinte forma: a pessoa fica algumas horas sem comer no período de dois dias e no restante dos cinco dias se alimenta normalmente. O momento mais indicado para fazer essa pausa é na parte da noite, durante 12 horas. Das 20:00 da noite até 8 da manhã do dia seguinte, por exemplo.
O neurocientista diz que comer a cada três horas é bom mesmo para as indústrias farmacêuticas e alimentícias que lucram com esse hábito. Para ele, por motivos financeiros os benefícios de praticar o jejum não são tão difundidos para que as pessoas não fiquem tão saudáveis a ponto de diminuir o volume de remédios que compram. Além disso, o que aconteceria com os fabricantes de alimentos, como barrinhas proteicas e shakes que surgem a cada dia para suprir a demanda da alimentação de 3 em 3 horas, se eles pararem de ser consumidos? O estudioso questiona ainda o resultado de pesquisas financiadas por essas indústrias, entre elas a famosa “se alimentar a cada 3 horas para manter o metabolismo ativado”.
O biologista especializado em células e vencedor do Nobel de Medicina em 2016, Yoshinori Ohsumi, apoia essa teoria e vai além, afirmando que comer com tanta frequência atrapalha o gasto metabólico e pode até engordar.
Essa prática ainda não é muito divulgada e causa muitas dúvidas. Se você quer saber mais, procure um médico para orientar a forma correta de seguir essa dieta. Nunca tente fazer sozinho, sem acompanhamento profissional, pois o efeito pode ser contrário ao desejado e levar a falta de nutrientes no corpo.
Você já tentou esse método? Vá nos comentários e conte para gente a sua expriência!