Beber cerveja
Crédito: Freepik

Beber cerveja aumenta o risco de contrair covid, aponta estudo

A cerveja e outras bebidas alcoólicas não cumprem com um efeito protetor do corpo, diferente do vinho

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Já que as bebidas alcoólicas interferem no efeito de vários medicamentos, é comum ficar na dúvida se beber cerveja influencia na vacina contra Covid-19. Aliás, essa foi uma das perguntas mais feitas ao Google em 2021.

Para responder a essa questão, recorremos a um artigo científico publicado no PubMed – site do Centro Nacional de Informação sobre Medicina e Biotecnologia dos Estados Unidos.

Pesquisadores do Hospital Shenzhen Kangning, na China, realizaram a pesquisa com o objetivo de avaliar as associações entre quantidade e frequência de consumo de álcool, em diferentes bebidas alcoólicas, com risco de doença por Covid-19.

Resultados do estudo

O estudo foi realizado com 473.957 indivíduos, dos quais 16.559 testaram positivo para Covid-19. O resultado mostrou que o consumo de cerveja e de cidra aumentou o risco da doença, independentemente da frequência e quantidade de ingestão de álcool.

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Da mesma forma ocorreu com o consumo de destilados na frequência de cinco copos por semana. Ou seja, de acordo com esse estudo, beber cerveja não é o mais indicado para se proteger da Covid.

Isso não invalida os benefícios da cerveja para a saúde. Quando consumida de forma equilibrada, essa bebida é diurética, ajuda no funcionamento intestinal, colabora com o colesterol e outras vantagens.

Por outro lado, o exagero é prejudicial. Primeiro que, quando uma pessoa bebe cerveja demais e fica alterada, seu estado de alerta diminui. Assim, ela perde a noção dos cuidados que deveria tomar para prevenir a Covid-19.

Além disso, o álcool da cerveja, em excesso, desidrata o organismo e prejudica o sono. O resultado de noites mal dormidas é o enfraquecimento do sistema imunológico e, com isso, o aumento do risco de contrair doenças.

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Aproveite e veja: Cerveja pode prevenir infarto nas mulheres, sugere estudo

Por outro lado, o vinho se mostrou uma opção protetora

Nos resultados do estudo, a baixa frequência de consumo de vinho tinto, branco e espumante (1 a 2 copos por semana) teve efeito protetor contra a Covid.

Aliás, já falamos aqui, em outro artigo, sobre a proteção do vinho contra Covid-19. Alguns esclarecimentos foram dados pela Federação Espanhola de Enologia, depois de receberem muitas perguntas a esse respeito.

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Por exemplo, se o vinho pode ser contaminado pelo coronavírus. A resposta foi que isso é praticamente impossível de acontecer.

O motivo é que a combinação da presença de álcool com um ambiente hipotônico (concentração do soluto ser menor do que a concentração do solvente), além da presença de polifenóis na bebida, impede a vida e a multiplicação do próprio vírus.

A conclusão

Para os pesquisadores, o risco de Covid-19 pareceu variar entre os diferentes tipos, frequência e quantidade de bebidas alcoólicas. Vinho tinto, branco e champanhe têm chances de reduzir o risco da doença.

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Mas, beber cerveja e cidra não é recomendado durante as epidemias. As orientações de saúde pública devem se concentrar na redução do risco de Covid-19, defendendo hábitos de vida saudáveis ​​e políticas preferenciais entre os consumidores dessas bebidas.

Veja também: Benefícios do vinho tinto para a saúde e a quantidade ideal para consumo

Precisa parar de beber cerveja? O resultado é confiável?

Quanto aos benefícios do vinho, podemos confiar mais do que sobre os malefícios de beber cerveja. A questão é que o vinho e espumante contêm polifenóis, que são poderosos antioxidantes protetores das células do corpo.

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Mas a cerveja, a cidra e destilados não contêm polifenóis. Porém, os pesquisadores não levaram outros aspectos em consideração para justificar de que formas a cerveja aumenta o risco de contrair Covid.

Em artigo publicado repercutindo o estudo, o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA) salientou que algumas variáveis precisam ser consideradas nessa análise. “Os riscos de infecção por Covid-19 estão associados a muitos fatores, como o nível de isolamento social, a saúde geral, e a vacinação, que não foram considerados na pesquisa”.

Veja também: Vacina contra covid: certezas e dúvidas sobre o futuro

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