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Bebê sem rosto: pais denunciam negligência médica

Pais contam que o médico que fazia o acompanhamento não detectou nenhum problema nos exames

Crédito: Freepik

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Mais um caso de negligência médica assombra as redes sociais. Um bebê sem rosto não teve sua condição percebida nos exames de imagem, colocando a mãe em risco. E mais: ele tinha a previsão de viver no máximo um dia e já se passaram duas semanas, com muito amor e cuidado. Conheça a sua história.

Alguns fetos desenvolvem uma condição médica muito rara e, infelizmente, fatal. Eles nascem sem parte do crânio ou outras partes do rosto, o que inviabiliza seu nascimento e vida. Isso porque o corpo fica sem as condições básicas para o funcionamento, como a respiração ou o processamento das informações.

Dessa forma, é permitido, em diversos países, incluindo o Brasil ou Portugal, que se interrompa a gestação ou adiante o parto. Isso reduz os riscos de morte do feto ainda no útero – que traz diversos riscos para a gestante. Além disso, se ele chegar a nascer de fato, não passará de um dia de vida. Em tese, pois um bebê sem rosto está desafiando a ciência e já tem duas semanas de vida.

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Entenda o que aconteceu

Rodrigo nasceu sem seus olhos, nariz e parte da caixa craniana. Assim que o médico o viu, disse que não sobreviveria nem 24 horas, consolando a família. Porém, ele não somente sobreviveu, como se alimenta e respira sem precisar de aparelhos. Com 3.560 kg, nasceu forte e saudável, na medida do possível, impressionando a equipe médica local.

Você deve estar pensando que foi uma dessas gestações sem acompanhamento, em que a mãe não pôde fazer o pré-natal, certo? Pois o pior é que não é bem assim. Muito feliz e cuidadosa, a gestante fez todos os exames e consultas necessárias, mas não imaginava que seu médico em Setúbal, Portugal,  já tinha quatro processos disciplinares ainda não finalizados.

Foi só quando resolveu fazer uma ultrassonografia 5g, para ver o rostinho do seu filho, entre as três realizadas durante o pré-natal, que o técnico indicou que havia algum problema no bebê. Ao analisar o documento, seu obstetra disse que não tinha nada demais e que era impressão da clínica de imagem. Fez pouco caso e seguiu com a consulta.

Pois era, sim, algo importante, que poderia inclusive colocar a vida da mãe em risco. Além disso, se eles soubessem antes, poderia optar por interromper a gestação ou se preparar para a breve passagem do filho. São fatores muito sérios para serem ignorados e agora ele responde por mais um processo.

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O presidente da Ordem dos Médicos portuguesa enviou uma nota pública sobre o caso, solidarizando-se com os familiares do bebê sem rosto e cobrando por respostas. “Reitero o forte apelo que já realizei em outras ocasiões (ao conselho disciplinar) no sentido de poder contar com uma ação rápida, eficaz e justa nos casos analisados, que dignifique a profissão médica e que proteja os pacientes”

O conselho disciplinar que está responsável por analisar as acusações contra o médico não se manifestou. O que se espera é que o pequeno Rodrigo consiga superar ainda mais as expectativas e que a família seja consolada.

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