Em um dia comum, quando Erikas Plucas chegou ao sítio onde mora, na Lituânia, deparou-se com um bebê alce em sua entrada. Apesar de morar próximo da floresta, essa não deveria ser uma cena comum, pois um bebê alce não se separa da mãe.
O filhote estava visivelmente abandonado, com moscas em sua pelagem, além de muito fraco e assustado. Plucas acredita que sua mãe deve ter sido morta por caçadores e a pequena bebê conseguiu fugir e sobreviver por um tempo. Mas agora, ela precisava de ajuda.
Imediatamente Plucas ligou para o serviço de animais para que viessem orientá-lo, e como só chegariam no dia seguinte, pediu ajuda a alguns amigos. Porém, as respostas que ouviu não eram positivas. Todos disseram que ele deveria deixar o bebê sozinho para morrer, pois a lei não permite que as pessoas tenham animais silvestres em casa.
Seguindo seu instinto protetor, Plucas cuidou do bebê alce
O dono da propriedade sabia que não poderia abandonar o bebê e não faria o que seus amigos orientaram. Então, ele trouxe a pequena e frágil alce para dentro do seu celeiro e juntou todas as folhas que conseguiu para fazer sua cama.
Aqueceu leite para dar a ela e fez companhia para que não ficasse mais tão assustada. No dia seguinte, quando o serviço de animais chegou, disseram que não havia o que fazer pois não existe lei de proteção aos animais selvagens órfãos na Lituânia.
Naquele momento, Plucas soube que a pequena alce morreria nas mãos de caçadores ou sem saber sobreviver sozinha na natureza. Então, implorou aos agentes do serviço de animais para que pudesse cuidar dela até que ele pudesse retornar ao seu habitat natural. Seu pedido foi concedido.
Uma nova amizade nasceu
Com a permissão para cuidar do bebê alce, Plucas a batizou de Emma. Ele buscou todas as informações possíveis para entender as necessidades de Emma e fazê-la crescer saudável. Foi um grande desafio, quase como se tivesse um bebê humano em casa.
Conforme Emma crescia, Plucas a levava para passear e conhecer a localidade a partir de outra perspectiva, sem o medo que estava sentindo antes de ser resgatada. O objetivo era que ela voltasse a reconhecer a natureza como sua casa, então Plucas ajudava Emma a encontrar comida e a se defender dos perigos.
Mesmo com muito medo do lugar onde provavelmente Emma viu sua mãe morrer, ela enfrentou o desafio ao lado de seu novo amigo, que sempre a encorajou.
Depois de alguns meses de readaptação à vida selvagem, Emma começou a passear sozinha, até o dia em que parou de voltar para dormir na casa de Plucas. Para ele, foi realmente triste, pois a pequena alce já fazia parte de sua vida, mas ele soube que ela estava pronta.
Emma jamais esqueceu da ajuda que recebeu, por isso, começou a voltar todos os dias para passar um tempo com seu amigo. Eles nadam, passeiam e brincam juntos. Realmente, Plucas sente que Emma o ama, e é recíproco. Ambos aprenderam muito com o outro e, como ele sabe que a caça não é proibida, conversou com todos os caçadores da região para que não fizessem mal à Emma. Alguns não ligaram para o seu pedido, mas outros prometeram preservar a vida da alce.
Essa história nos mostra que não são apenas os animais domésticos que têm sentimentos pelos humanos. Apenas não compreendemos o mundo animal o suficiente para saber que todos eles precisam do nosso amor, proteção e respeito.