Mais uma década, mais um filme do Batman nos cinemas. Robert Pattinson é o novo intérprete do Homem-Morcego, assumindo o traje que já foi de Ben Affleck, Christian Bale, George Clooney, Val Kilmer e Michael Keaton nos últimos 30 anos.
O diretor Matt Reeves foi buscar nos quadrinhos da DC Comics o tom ideal de sua trama investigativa e sombria. As opções eram muitas, afinal desde 1939 são publicadas histórias do Cavaleiro das Trevas, Bruce Wayne.
Reeves diz que nunca planejou adaptar exatamente nenhuma HQ, mas três foram suas principais referências.
Batman: Ano Um (Frank Miller e David Mazzucchelli)
Publicada em 1987, inicialmente em quatro partes, a história tem o retorno de Bruce à Gotham após uma longa viagem para superação do trauma da morte dos pais e amadurecimento físico e mental.
Paralelamente, o tenente James Gordon acaba de chegar à cidade com a esposa grávida. Transferido de Chicago, ele encontra um mar de corrupção e esquemas ilícitos.
“Ano Um tinha algo que sugeria o realismo e a abordagem cinematográfica que eu buscava. Era como um filme americano dos anos 1970”, comenta o diretor.
Batman: O Longo Dia das Bruxas (Jeph Loeb e Tim Sale)
Apresentado entre 1996 e 1997, o arco une Batman, Jim Gordon e Harvey Dent contra Carmine Falcone e um serial killer conhecido como Holiday. Focado em eliminar pessoas ligadas à máfia, ele pratica seus crimes sempre em feriados.
“Gostei da ideia de o Batman envolver-se na investigação dos crimes de um serial killer, colaborando com uma força policial relutante. Além disso, era o tom que eu buscava para mostrar o Batman como o maior detetive do mundo, algo que faz parte do DNA do novo filme”, explica Reeves.
Batman: Ego (Darwyn Cooke)
Na história de 2000, Batman presencia um suicídio e entra em crise, se aposentando por sentir culpa. Seu ID vingativo, representado pelo Batman, então entra em conflito com o superego racional de Bruce Wayne.
“Foi uma história muito importante no processo de escrever o roteiro, porque lida com a psicologia em ser o Batman, com a ideia de ter um monstro interior em uma constante batalha interna”, justifica o cineasta.
Matt Reeves ainda se inspirou em filmes como Operação França, Taxi Driver, Todos os Homens do Presidente e Klute – O Passado Condena, todos indicados ao Oscar.
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Artigo com informações do UOL.