Aline Lopes estava dormindo tranquilamente, na madrugada do dia 5 de junho, quando, lá pelas 3h30, uma barata entrou no ouvido dela.
Claro que a mulher ficou em desespero e foi buscar ajuda médica, mas, não havia material adequado para a remoção do inseto nos hospitais da rede pública de Cabo Frio e São Pedro da Aldeia, no Rio de Janeiro.
Então, Aline precisou aguentar mais de 24h com a barata dentro do ouvido. Enquanto isso, ela fez uma publicação nas redes sociais contando o ocorrido, e foi assim que seu caso ganhou repercussão o bastante para chegar num médico particular. Ele ofereceu o procedimento de graça para ela.
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Muitas tentativas e muita dor
Aline conta que o momento em que a barata entrou em seu ouvido foi agoniante e desesperador. “Antes a barata bateu, mas eu estava dormindo. O desespero foi tanto que ela entrou no meu ouvido. Foram horas de agonia com ela me mordendo e mexendo”, relatou ela.
Quando chegou ao Hospital Otime Cardoso dos Santos, no bairro Jardim Esperança, Aline foi prontamente atendida.
“Os médicos me atenderam muito rápido. Praticamente quase todos enfermeiros estavam comigo ali naquele momento e a dor era tão grande que eu mordia e apertava meu esposo”, descreveu.
Só que, apesar de diversas tentativas de retirar o inseto com pinça e sugador, os médicos não conseguiram.
“Quando deu 7h da manhã não tinha mais o que fazer porque eles não tinham material adequado para isso. Não tem nenhum material e medicamentos para ouvidos. Nem se cair um feijão eles conseguem tirar, porque não tem material”, contou Aline.
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Ela foi orientada a ir para Macaé, mas decidiu parar no Hospital São Pedro da Aldeia, município vizinho, para ver se conseguia ser atendida. Lá, Aline passou por um novo procedimento para remover resíduos do inseto.
“Eles começaram a puxar de pouquinho em pouquinho, só que ela estava viva ainda. Quanto mais eles puxavam, mais ela entrava. E ficou nessa guerra. A médica então falou: ‘a gente vai ter que afogar ela’ e então jogaram água e vaselina”.
Mesmo depois de tantas tentativas, nada funcionou. O Hospital São Pedro da Aldeia pediu a transferência da paciente para o Rio de Janeiro com urgência, inclusive entrando em contato com o governo, mas ninguém atendeu.
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Aline chegou até às 14h do dia 5 sem conseguir retirar a barata por completo. Ela relatou que o inseto já estava morto e que ela sentia muita dor.
No hospital, não tinha anestesia local e nem otoscópio, o que dificultava a remoção. Às 17h22, ela relatou que os médicos identificaram que a barata estava atrás do tímpano e que estava sendo removida gradualmente.
A operação durou até à noite. Depois Aline foi medicada e orientada a procurar um otorrinolaringologista logo pela manhã.
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Enfim, a barata foi removida
Somente no dia 6 de junho, por volta das 10h da manhã, Aline sentiu alívio outra vez. Finalmente a barata foi removida do seu ouvido, graças ao médico que ofereceu ajuda sem cobrar pelo serviço.
“Ele me ligou ontem à noite e falou que me atenderia hoje pela manhã sem nada em troca”, disse ela ao UOL.
“Estou com a orelha inchada ainda, está tampada, mas ele [médico] conseguiu remover a barata do ouvido. Foi muito rápido, não demorou nem dois minutos”, disse ela no Instagram.
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Fonte: UOL Notícias