Infelizmente, muitos idosos sofrem com a doença de Alzheimer, que causa degeneração nos neurônios. Consequentemente, reduz a capacidade de armazenar e processar informações. Ou seja, a perda de memória pode afetar até mesmo a lembrança dos próprios filhos. Foi o que aconteceu com Marta C. Gonzalez, porém uma memória continuava nítida e forte.
Marta era a primeira bailarina (bailarina líder do coro) do renomado New York Ballet em meados da década de 60. Aos 73 anos, o Alzheimer tomou parte de suas memórias, mas de forma alguma levou a delicadeza e a presteza da bailarina. Ao colocar o fone de ouvido e escutar O Lago dos Cisnes, algo despertou dentro dela e a memória simplesmente despertou.
Poco a poco vamos consiguiendo más datos de la inmensa Marta González, y así poder conocer la Historia detrás de la artista. Se formó en los años 60 en Cuba con la Escuela de Ballet de Nicolay Yavorsky, desde muy joven fundó su propia Compañía y Escuela de Ballet “Rosamunda”[…] pic.twitter.com/Rh5F1xlLwR
— MúsicaParaDespertar (@DespertarMusica) November 11, 2020
Com movimentos e emoções bem delineados, apesar do corpo frágil e cansado, Marta dançou uma das suas coreografias, mesmo na cadeira de rodas. Ela conseguiu lembrar de detalhes como o momento em que o coro entrava, quando trabalhar as pontas e, é claro, parte da coreografia. Mas o tempo e a doença foram muito apressados e levaram a vida da bailarina no mesmo ano em que foi registrado o momento que você vai ver mais abaixo.
Como uma forma de homenagear essa paciente tão especial, o projeto que levou a música de volta para a vida de Marta publicou o vídeo desse momento. Enquanto ela fazia os movimentos, eles colocaram partes da dança original, mostrando o que ela estava fazendo. Ver como a postura, o olhar e energia dela mudam enquanto dança é simplesmente embriagante; e leva a pensar na importância do momento presente, memórias que restarão no futuro. Pode pegar o lenço, assistir e depois compartilhar essa emoção tão pura, dura e verdadeira.