Bactérias poderão matar mais que câncer em 2050
Crédito: Freepik

Bactérias poderão matar mais que câncer em 2050

As bactérias já são perigosíssimas, mas poderão ficar ainda mais mortais em breve

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Prioridade na Agenda da Saúde, o controle da população de bactérias é essencial para a sobrevivência da raça humana. De acordo com o Ministério da Saúde, “o uso inadequado de antimicrobianos tanto na saúde humana, como na animal, tem causado a resistência de bactérias e dificultado a cura de pacientes, podendo levar à morte, além de provocar prejuízos ao meio ambiente”.

Apesar de fazerem parte do seu corpo e te ajudarem em diversos processos, como na flora intestinal, as bactérias podem também se tornar um problema. Elas estão presentes em todos os lugares e, além disso, nem todos sabem como manter a higiene em dia. Outro fator que certamente influencia é a quantidade de antibióticos ingerida, dando origem a bactérias resistentes. Mas será que isso é realmente assim tão grave?

Veja também: doenças mais comuns causadas por bactérias

Entenda a pesquisa

De acordo com um estudo realizado a pedido do Primeiro Ministro britânico, que ocorreu por dois anos e em diversos países, “se não conseguirmos agir, estamos diante de um cenário quase impensável, em que os antibióticos não funcionam mais e somos devolvidos à era ruim da medicina”.

O pesquisador responsável pelo estudo, Jim O’Neil, procurou analisar o problema do uso indiscriminado de antibióticos e como enfrentar o problema. Por ano, 50 mil mortes são causadas por resistência a antibióticos. Saiba que esses dados são somente da Europa e Estados Unidos. Se for pensar em termos de globo, são 700 mil mortes por ano. Se não houver controle, essas mortes aumentarão em 10 vezes até 2050.

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Segundo o estudo, “cirurgias de rotina e pequenas infecções tornar-se-ão novamente ameaçadoras à vida e as vitórias duramente conseguidas contra doenças infecciosas dos últimos cinquenta anos ficarão comprometidas”. Também os custos com hospitais e internações vão aumentar muito, tornando o quadro insustentável.

Soluções apontadas pelo estudo

Claro que um estudo de dois anos não apontaria somente qual é o – gigante – problema. Além disso, propôs também soluções para a questão do aumento das bactérias super resistentes. Veja algumas delas.

Campanhas de conscientização pública

De nada adianta um governo investir em pesquisa, deter o conhecimento, se a população continuar na ignorância. Se faz urgente uma campanha intensa para ensinar sobre o uso correto de antibióticos. Veja alguns pontos importantes sobre isso:

  • Seguir a receita: simples e eficaz, seguir a receita do médico é básico. Então, se ele mandou tomar 14 dias, não são dez. Em hipótese alguma abandone um tratamento sem falar com seu médico.
  • Beber durante o tratamento: o álcool reduz a ação do antibiótico, então ele acaba sendo somente um reforço para a bactéria que está te adoecendo. Não beba enquanto tomar esse remédio, pois além de reduzir a eficácia, ataca o seu fígado com mais intensidade.
  • Remédio de outros: se um conhecido parou o tratamento antes da hora e sobraram alguns comprimidos, não tome. O mesmo vale para antibióticos adquiridos no mercado ilegal, conseguidos sem receita. Sempre procure um médico para iniciar o tratamento.
  • Reduzir a dose: achou que era muito remédio e decidiu reduzir a dose? Saiba que assim sua bactéria vai ficar muito mais forte. Partir no meio um comprimido também está fora de cogitação, pois a película que o envolve é determinante para que seja absorvido no local correto.

Saneamento e a higiene

Além desses cuidados, é importante que se saiba a importância do saneamento e da higiene no dia a dia. Infelizmente, países pobres, em desenvolvimentos ou regiões menos favorecidas não têm muitas opções a respeito do saneamento. Porém se pode evitar contaminação com medidas simples:

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  • Lavar as mãos: simples não é? Lave as mãos antes de comer, depois de ir ao banheiro, ao brincar com seu pet e ao chegar em casa.
  • Filtre a água: beber água de qualidade é fundamental. Mesmo que more em um local com menor acesso ao saneamento básico, existe a melhor e mais eficiente técnica de filtragem: o filtro de barro.
  • Tire os sapatos: sua casa é o local para descansar, devendo ser o mais agradável possível. Entre os pontos importantes, está a higiene do local. Deixar seus sapatos do lado de fora, evita que até 400 mil tipos de bactérias entrem na sua casa. Uma decisão interessante, certo?
  • Celular no banheiro: o uso de celular no banheiro pode acarretar diversos riscos, incluindo a contaminação por 23 mil diferentes fungos e bactérias.

Diagnósticos rápidos e vacinas

O estudo defende um fundo de inovação para gerar mais drogas, já que as que aí existem não conseguem acompanhar a velocidade de adaptação das bactérias. Buscar novas formas de atuação para combater as mesmas, além de produzir vacinas, é essencial.

Além disso, é fundamental ter diagnósticos mais rápidos, que não dependam de culturas lentas, para poder identificar a bactéria. Isso impediria o uso de tantos antibióticos de amplo espectro, matando somente a bactéria detectada.

Com ações simples e outras mais complexas, certamente se pode vencer a guerra contra a adaptabilidade das bactérias. Para isso, cada um pode fazer sua parte e incentivar seus amigos, familiares e governantes a fazerem o mesmo.

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