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AVC em crianças: pode acontecer?

Apesar de ser mais comum em adultos, existem fatores de risco que podem provocar AVC nas crianças

Crédito: Freepik

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Um acidente vascular cerebral pode ser de dois tipos: isquêmico ou hemorrágico. No tipo isquêmico, uma artéria no cérebro fica bloqueada, impedindo a passagem de sangue e oxigênio, e matando células. No hemorrágico um vaso se rompe causando uma hemorragia cerebral. Justamente por causa da hemorragia, esse é o tipo mais grave, mas também é menos recorrente do que o isquêmico que afeta 80% dos casos.

O AVC é um problema que costuma afetar pessoas adultas e, por isso, é estranho ouvir falar de AVC em crianças. Só que pode acontecer e é importante saber disso para estar alerta quanto aos sintomas e agir imediatamente. Um AVC precisa de socorro urgente para aumentar as chances de sobrevivência e reduzir o risco de sequelas.

Diferenças entre AVC em crianças e adultos

As principais diferenças do AVC em crianças e adultos é a causa. Enquanto nos adultos o problema ocorre distúrbios arteriais provocados por tabagismo, obesidade e hipertensão, nas crianças os fatores costumam ser:

  • Anemia falciforme (alteração dos glóbulos vermelhos do sangue)
  • Cirurgias cardíacas
  • Nascer com malformação do coração
  • Infecção pelo vírus varicela-zóster ou herpes-zóster
  • Infecção no sistema nervoso central
  • Infecções sistêmicas graves ao tentar combater uma infecção hospitalar
  • Formação de um coágulo dentro de uma veia profunda
  • Embolia pulmonar
  • Ser um recém-nascido de até 28 dias diagnosticado com distúrbios reumatológicos ou doenças crônicas nas artérias

Sintomas para não ignorar

Basicamente, os sintomas em crianças são os mesmos que nos adultos:

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  • Perda de força muscular
  • Sensação de dormência
  • Tontura
  • Alterações de memória ou da fala
  • Dor de cabeça de início súbito
  • Crises epilépticas

Nos bebês recém-nascidos os sintomas são, principalmente, apneia do sono, baixa sucção ao mamar, diminuição da força muscular e irritabilidade.

Tratamento

Assim que a criança apresentar um ou mais sintomas, ainda que não pareça nada grave, deve ser levada imediatamente ao pronto-socorro.

O tratamento varia conforme cada caso mas, de modo geral, é preciso fazer as manutenções da glicemia, do volume sanguíneo, da oxigenação, da temperatura corporal e da pressão arterial.

Enquanto isso, os médicos começam a pesquisar a possível causa do AVC para que façam a abordagem terapêutica mais adequada, evitando que o AVC ocorra novamente.

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Nas crianças as chances de recuperação sem sequelas são maiores do que nos adultos, pois na infância os neurônios têm mais capacidade de formar novas conexões.

Tem como evitar?

Quando uma criança é diagnosticada com uma das causas já listadas para o AVC infantil, ela deve manter o acompanhamento médico com exames periódicos para identificar caso um AVC esteja dando sinais de que pode acontecer. Assim, é possível agir antecipadamente e evitar que ele se concretize.

Para as crianças que já tiveram um AVC, a prevenção de um novo derrame é fazer uso de doses diárias de ácido acetilsalicílico na quantidade recomendada pelo médico, além de manter o acompanhamento médico.

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No mais, saber quais são os sintomas e ter consciência de que um AVC pode acontecer em crianças é essencial para perceber os sinais e agir imediatamente.

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