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Autismo no mundo: 1% da população faz parte do espectro

Talvez você conheça alguém que tenha essa característica. Entenda o que é, suas variações e particularidades

Crédito: Freepik

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Mesmo sabendo que 1% da população tem autismo no mundo todo, ainda tem muita gente que não sabe do que se trata. Será que é uma doença? Síndrome? O que causa? Existe mais de um tipo de autismo? Entenda as variações, características principais e fique por dentro de um dos assuntos mais discutidos da atualidade.

Autismo no mundo: 1% da população é autista

Primeiro de tudo, é fundamental saber que é rara, mas ainda assim presente na vida das pessoas. Além disso, 1 em cada 68 pessoas no mundo é autista, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). É uma quantidade significativa demais para ser ignorada, concorda? E o que falar sobre a necessidade de inclusão, quando não se sabe muito bem do que se trata?

Certamente você já ouviu falar sobre possíveis crises, sensibilidade a ruídos, hiperfoco e outras características comuns à condição. Mas será que você sabe o que é realmente o Transtorno do Espectro Autista? Conheça mais e fique por dentro do que se tem conversado tanto pelas redes sociais ou nas da vida real.

Transtorno do espectro autista

De acordo com a Defensoria Pública do Estado de São Paulo (DPSP), em parceria com entidades de apoio aos autistas, esse é “um Transtorno Global do Desenvolvimento, também chamado de Transtorno do Espectro Autista, caracterizado por alterações significativas na comunicação, na interação social e no comportamento da criança”.

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Por um lado, essas alterações podem levar a algumas dificuldades em se adaptar e, em alguns casos, a aprender pelas vias tradicionais. Também a fala e coordenação motora podem ser limitados, sendo necessário um maior estímulo. Atividades lúdicas e simples podem fazer toda a diferença.

Normalmente, os pais começam a perceber os primeiros sinais do Transtorno do Espectro Autista (TEC) antes dos 3 anos de idade. Porém, pode ocorrer depois, caso os sinais não sejam tão evidentes, por causa das diversas variações que existem no autismo. Entenda melhor quais são  e as características.

Variações do autismo

Existem basicamente 4 tipos, sendo que a Síndrome de Rett não é mais classificada como uma variação. Isso porque, apesar de manter algumas similaridades, ela apresenta a deterioração das habilidades motoras com o passar do tempo. Além disso, a pessoa pode começar a apresentar problemas com a postura, o que não acontece no autismo. Veja então quais são.

Autismo clássico

Nesse quadro, pode-se observar os problemas mais comumente conhecidos. Por exemplo, os problemas de interação social, repetição e comunicação. É normal que seu diagnóstico ocorra antes dos 4 anos de idade, por causa do atraso no desenvolvimento. Mas claro que isso vai depender do grau, pois pode ser leve (de alto funcionamento) ou grave (de baixo funcionamento).

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Síndrome de Aspeger

A síndrome de Aspeger é um tipo de autismo de alto funcionamento. Apesar de não implicar qualquer tipo de atraso na fala, o uso da linguagem é certamente um desafio. Isso porque não processam muito bem a parte simbólica da comunicação, sendo extremamente literais e práticos. Podem apresentar ou não transtornos obsessivos, atraso no desenvolvimento motor e hiperfoco.

Transtorno invasivo do desenvolvimento

O transtorno invasivo do desenvolvimento pode ser um autismo de alto ou baixo funcionamento. Ele é apresentado também como autismo atípico e apresenta somente algumas das características próprias do transtorno. Em outras palavras, ele pode ter uma barreira no desenvolvimento da linguagem, mas não no lado social. Ou então ter hábitos repetitivos e falar muito bem.

Transtorno desintegrativo da infância

Também conhecido como autismo regressivo, ele ocorre por volta dos 15 e 30 meses. Desde o nascimento, todo o desenvolvimento motor e da fala se dá naturalmente, porém começa a mudar a partir de então. Depois de terminada a fase de regressão, é denominado somente como autismo comum.

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Principais características

Existem algumas características bem peculiares, que indicam que há o Trastorno do Espectro Autista. Veja quais são:

  • Relacionamentos: falta de interesse nas pessoas e em interações sociais e dificuldade em desenvolver e/ou mostrar afeto, preferindo ficar sozinho;
  • Surdez seletiva: escuta o que é do seu interesse e “faz de conta” que não ouve quando não quer;
  • Olhar: faz pouco ou nenhum contato visual com outras pessoas;
  • Linguagem: fala limitada ou inexistente, com frases repetidas e sons que podem ser incompreensíveis;
  • Compreensão: pode não compreender o que as pessoas estão falando;
  • Estereotipias: tendem a repetir movimentos para se acalmar;
  • Contato: o toque, abraço ou quaisquer outros contatos físicos podem incomodar;
  • Aversão a mudanças: mudanças podem ser verdadeiros desastres, tendo que ser bem trabalhadas primeiro;
  • Agressividade: podem ocorrer episódios de agressividade com os outros ou consigo.

Como conviver com uma pessoa autista

Para os momentos de crise, é importante que o autista se sinta seguro e confortável, cabendo aos cuidadores esperar o momento em que ele se acalma. Para ajudar no processo, muitos gostam de ficar em locais mais protegidos, com menos estímulos externos, incluindo o toque. Uma ideia interessante, é o cobertor pesado, que cria uma leve pressão em todo o corpo, sem estressar.

A convivência com animais de estimação também pode ser benéfica no tratamento, estimulando as habilidades sociais, aumentando a empatia e reduzindo a ansiedade. Além disso, ajuda no reconhecimento de si mesmo e melhora o relacionamento em casa. É fundamental portanto que se escolha um animal que se adeque às necessidades da criança, devendo ser conversado com seus médicos a respeito.

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É importante que as pessoas que convivem com a pessoa com o espectro autista tenham um acompanhamento com o psicólogo. Não somente para aprender a lidar com os momentos de crise e o que fazer para ajudar. Mas também para se cuidarem e entenderem como conviver com o transtorno positivamente.

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