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Ativista russa foge do país disfarçada de entregadora de comida

Maria Alyokhina e as outras integrantes da banda Pussy Riot já foram presas diversas vezes por seu posicionamento e atitudes contra Putin

Imagem: Reprodução

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Maria Alyokhina é uma ativista russa de 33 anos. Ela é líder da Pussy Riot, uma banda de punk rock feminista conhecida por realizar shows e eventos de manifestação política, em prol dos direitos das mulheres e contra políticas governamentais discriminatórias na Rússia.

A banda também ficou famosa pela oposição ao presidente russo Vladimir Putin, considerado um ditador por elas. Maria Alyokhina e as outras integrantes da banda já foram presas diversas vezes por seu posicionamento e atitudes.

A ativista estava presa novamente, desde 2021, por protestar em apoio ao opositor do Kremlin, Alexei Navalny. Agora, em maio de 2022, ela decidiu fugir quando sua sentença foi convertida. Veja como ela fez para conseguir sair da Rússia.

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A fuga da ativista russa

Em entrevista ao jornal The New York Times, Alyokhina contou que estava em uma cela em fevereiro quando ouviu o discurso de Vladimir Putin anunciando a invasão militar no país vizinho.

“Acho que a Rússia não tem mais o direito de existir. Mesmo antes (da guerra), havia dúvidas sobre como ela está unida, por quais valores ela está unida e para onde está indo. Mas agora eu acho que isso não é mais uma questão” — disse ela.

No mês de abril, as autoridades decidiram converter a sentença da ativista e ela decidiu fugir.

Para sair do país, Alyokhina primeiro se vestiu como entregador para despistar policiais que estavam do lado de fora do apartamento de um amiga, onde estava hospedada.

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Em seguida, outro amigo a levou na fronteira com a Bielorrúsia. Ela permaneceu no país por uma semana, mesmo já estando na lista de procurados da Rússia. Alyokhina só conseguiu chegar na Lituânia após três tentativas, usando um documento europeu sem nome.

“Muita mágica aconteceu na semana passada. Parece um romance de espionagem. Fiquei feliz por ter conseguido. Ainda não entendo completamente o que fiz” — contou.

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A banda planeja se apresentar na Alemanha

Ainda de acordo com informações do The New York Times, as outras integrantes da Pussy Riot também se juntaram a Alyokhina na Lituânia.

A banda planeja se apresentar em Berlim, na Alemanha, como parte de uma turnê europeia para arrecadar fundos para a Ucrânia.

A ativista disse que espera um dia retornar à Rússia, embora saiba que a possibilidade de isso acontecer em breve é improvável.

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Fonte: The New York Times

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