Não é porque pessoas moram na mesma casa que elas conseguem se dar bem o tempo todo. Aliás, em casa é onde começam os primeiros conflitos da vida, seja com os pais, irmãos ou outros parentes.
No entanto, o lar deveria ser o local de maior paz e tranquilidade, onde as pessoas se sentem livres, à vontade e vivem em harmonia. Parece uma missão impossível para você? Mas não é impossível conseguir uma convivência assim.
Para isso, as pessoas de casa devem colaborar, evitando certas atitudes que prejudicam o ambiente familiar. Veja quais são para identificar se você está indo contra ou a favor da harmonia no seu lar.
1. Excesso de críticas
Quem é que gosta de ser criticado o tempo todo? É um hábito comum pensar que se pode tratar com certa agressividade verbal as pessoas que convivem na mesma casa.
Não é porque uma pessoa é seu pai, mãe, irmão, marido ou esposa que você tem o direito de tratá-lo de forma grosseira, apenas criticando e botando defeitos.
A regra é simples: trate os outros como gostaria de ser tratado, ainda que não receba esse mesmo tratamento de volta. Afinal, cada um oferece aquilo que tem.
Às vezes, quando uma pessoa na casa muda de comportamento, passando a ser mais compreensiva com o jeito dos outros, elogiando e sendo gentil, acaba estimulando uma mudança de comportamento nos demais membros da família.
2. Reclamação incessante
Como é chato conviver com uma pessoa reclamona! Tudo bem, se você acha que em casa é o ambiente em que você tem o direito de reclamar, já que não pode fazer isso em todo lugar, é compreensível. Mas, é muito desagradável.
Uma coisa é certa: quando você para de reclamar de tudo, começa a ouvir mais e falar menos, descobre uma outra perspectiva de ver a vida e o mundo à sua volta. Quando você fica com a cabeça ocupada reclamando, perde a oportunidade de enxergar as pequenas coisas boas que acontecem o tempo todo.
Parar de reclamar é um benefício que vai além do ambiente familiar: toda a sua vida melhora. Esse é um hábito que exige treino e autopercepção, pois vira uma mania. Mas depois que você consegue, as pessoas passam a tratar você de forma diferente. Faça o teste.
3. Se fazer de vítima
Geralmente, a pessoa que se faz e vítima é a mesma que reclama o tempo todo. Ela nunca assume a culpa pelos próprios atos, não assume responsabilidades, tem sempre uma desculpa para algo que fez errado ou deixou de fazer.
O que acontece é que as pessoas do convívio familiar acabam não dando credibilidade à “vítima”, não fazem questão da companhia dela, pois sabem que não podem contar com ela para fazer as coisas acontecerem.
4. Manipulação e constrangimento
Brincadeira tem limites, mesmo com os familiares mais próximos. Se está fazendo o outro chorar, ficar bravo ou constrangido, deixou de ser brincadeira e virou uma atitude tóxica. A manipulação é a mesma coisa: colocar uma pessoa contra a outra, contar segredos que lhe foram confiados, falar pelas costas, mesmo fingindo que é para o bem do outro.
Quando esse tipo de comportamento acontece dentro de casa, certamente será levado para as relações fora de casa. Sentir-se bem ao manipular e constranger os outros é uma característica perigosa e destrutiva, pois prejudica a vida da própria pessoa e de todos à sua volta.
Os adultos devem dar o exemplo
As crianças e adolescentes da casa têm os adultos como exemplo de como se comportar nas mais variadas situações. Então, os adultos devem ter a responsabilidade de dar o exemplo. Mesmo quando uma pessoa recebeu maus exemplos na infância, não precisa continuar com os maus hábitos na vida adulta.
Todos podem mudar se realmente quiserem ser pessoas melhores e quiserem criar laços afetivos de qualidade na vida. Essa mudança é ainda mais importante quando a pessoa se torna exemplo para os mais novos, pois ela assume uma posição de mentoria na formação do caráter das crianças e adolescentes.
Então, a partir de agora, mude as regras da casa, que valem para todos: elogiem mais e critiquem menos, parem de reclamar por qualquer coisa, pensem em soluções ao invés de se fazerem de vítimas. Respeitem todos da casa, não importa a idade que tenham.
Para chegar a esse ponto, pode ser necessário reunir todo mundo e ter uma conversa franca, com respeito, sem apontar culpados, sem ofender nem envergonhar ninguém. Aponte o que está errado, diga por que é ruim e sugira mudanças.
Toda família merece viver em paz e harmonia. Toda criança merece ter bons exemplos para crescer com autoestima elevada, bom caráter e uma visão positiva sobre a vida.