O ataque racista foi destinado ao médico Danilo Silva, de apenas 29 anos, que atende na rede pública de hospitais do Rio de Janeiro.
Em meio a um plantão, um homem deu entrada no hospital devido a uma crise hipertensa.
Mesmo sofrendo e precisando de cuidados médicos, o paciente disse que não seria atendido por um médico negro.
O funcionário do hospital responsável pelo transporte da maca onde o doente se encontrava, que também era negro, também sofreu com ofensas vindas do paciente.
Quão terrível e cruel é essa cena? Dois homens, em seu horário de trabalho, ouvem esse tipo de absurdo.
Um médico e um auxiliar, que se dedicam todos os dias para salvar os doentes, encontram um paciente que, com uma crise de hipertensão, não consegue deixar o preconceito de lado.
Mesmo depois de ouvir tantos absurdos, o médico manteve a calma, e prosseguiu na consulta ao paciente.
Danilo foi bem claro ao dizer que o paciente não pode simplesmente escolher a cor do médico. Que foi designado pelo hospital para cuidar de todos os pacientes que lá davam entrada.
Essa foi a ficha que o médico preencheu dentro do hospital, após a consulta:
O atendimento foi feito com toda a competência do mundo, e Danilo disse não tinha pensado em chamar a polícia. Mas outras coisas fizeram com que essa decisão mudasse.
Danilo é de origem humilde, vindo do Pará, mudou-se para o Rio no intuito de cursar a tão sonhada faculdade de medicina – quem é de origem mais humilde, sabe como é a dificuldade em fazer esse curso. Depois que a consulta terminou e o paciente foi devidamente medicado, o médico e o auxiliar do hospital, que chegou a chorar pelas ofensas do paciente, decidiram prestar queixa.
Em nenhum momento Danilo se negou a atender o paciente, prestando toda a atenção ao seu caso. Porém, a justiça deve ser feita.
O que achou da conduta do paciente?
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