Quem conhece o que é um ataque de ansiedade ou de pânico sabe que os sintomas podem se parecer com um ataque cardíaco. A principal diferença é que uma pessoa não morre por causa de um ataque de ansiedade, pois ele não gera um ataque do coração. Veja como diferenciar um ataque do outro e não correr para o pronto socorro sem necessidade.
Sinais para diferenciar ataque de ansiedade e ataque cardíaco
O aperto no peito, assim como a aceleração da respiração e dos batimentos do coração é o que ambos os ataques possuem em comum e o que faz muitas pessoas confundirem um problema com o outro. Mas existem as diferenças que você verá a seguir.
1. O tipo de dor é diferente
Existe um sintoma crucial que faz com que essa confusão deixe de existir: o ataque do coração causa muita dor. O ataque de ansiedade, não. As sensações que a ansiedade causa no momento do pânico podem fazer sentir dor, mas em um ataque cardíaco ela é realmente forte e expansiva.
O que causa uma dor extrema durante um ataque cardíaco é a interrupção do fluxo sanguíneo por causa de uma artéria obstruída, então, com a falta de oxigênio e de sangue no coração, vem uma dor paralisante que pode irradiar do centro do peito a um dos braços, atingindo também ombros e mandíbula.
A dor de um ataque de pânico não necessariamente acontece com todas as pessoas, e é uma dor diferente da dor no coração. Ela pode reduzir ou aumentar conforme o movimento, não se espalha para outras partes do corpo e vem acompanhada dos outros sintomas comuns de um ataque de pânico.
2. A duração dos sintomas
Uma crise de ansiedade ou de pânico normalmente dura de 10 a 20 minutos, quando atinge eu auge e os níveis de adrenalina começam a baixar. A pessoa vai, aos poucos, recuperando o controle emocional e voltando ao normal.
Já em um ataque do coração, os sintomas só vão piorando e ficando mais fortes. Então, se notar que as dores, o coração acelerado e a respiração rápida ultrapassam os 20 minutos e ficam mais intensas ou não mostram diminuição, é melhor ir à emergência.
3. Os fatores de risco
Essa é uma dica para quem está acompanhando uma pessoa que entrou em um ataque. Se ela é uma pessoa mais velha, com alguma doença cardiovascular ou diabetes ou alto nível de estresse ou fuma e nunca teve um ataque de pânico, é muito mais provável que ela esteja tendo um ataque cardíaco.
4. Medo de morrer e perda de controle – o gatilho
Em um ataque cardíaco, a pessoa não tem um medo prévio e, quando os sintomas no corpo começarem, ela vai estar mais concentrada neles, que podem ser:
- Dor no peito, que pode irradiar para a nuca, queixo, ombros ou para membros superiores;
- Náuseas;
- Dor no abdômen que pode ser confundida com indigestão;
- Falta de ar;
- Palpitações;
- Dormência e formigamento;
- Transpiração intensa e repentina;
- Sensação de desmaio ou desmaio;
- Inquietação e/ou desorientação.
Em um ataque de pânico, vários desses mesmos sintomas podem surgir, mas eles serão desencadeados por uma situação que gera medo de morrer, grande insegurança ou sensação de perda de controle.
A partir desse sentimento é que surgem os sintomas. A situação em que a pessoa se encontra pode responder sobre isso, como quando ela está em um lugar alto, fechado, no elevador, prestes a enfrentar uma plateia ou fazer uma apresentação importante, enfim, algum gatilho.
Podem acontecer os dois ao mesmo tempo?
Pessoas diagnosticadas com distúrbios de ansiedade precisam fazer tratamento e evitar o cigarro, bebidas alcoólicas e o sedentarismo.
Ao levar uma vida repleta de maus hábitos é possível que aconteça um ataque cardíaco ao mesmo tempo que um ataque de pânico, mas será pela falta de qualidade de vida.
Atenção: ao sentir um destes sintomas, é fundamental consultar um médico para diagnosticar e tratar corretamente. Ambos os problemas são sérios e precisam ser acompanhados por um médico especialista.