Aquamação
Crédito: Freepik

Aquamação: um processo mais ecológico que a cremação

A aquamação é uma forma de cremação do corpo, mas sem o uso de combustão. O resultado é o mesmo: cinzas

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A aquamação não é algo novo no mundo, mas poucos países a usam por enquanto. A técnica simula o processo de hidrólise alcalina, que ocorre naturalmente quando um corpo se decompõe. Mas, nesse caso, ocorre cerca de 20 anos mais rápido do que o jeito natural, pois o procedimento leva apenas algumas horas.

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Como é feita a aquamação?

Na aquamação – ou hidrólise alcalina, que é o nome científico do procedimento –, o corpo passa por uma pesagem e depois é aquecido a 150 graus, em uma mistura de hidróxido de potássio e água, por 90 minutos.

Isso faz com que o tecido corporal se dissolva, restando apenas os ossos, que são então enxaguados a 120 graus, secos e pulverizados em uma máquina chamada cremulador para virarem cinzas.

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É melhor do que a cremação?

Em 2014, Philip Olson, especialista em ética tecnológica da Virginia Tech University, nos Estados Unidos, escreveu um artigo na revista especializada Science, Technology, & Human Values falando sobre as vantagens do uso da aquamação.

“Os defensores se concentram nos benefícios ambientais da hidrólise alcalina na cremação e no sepultamento, alinhando a tecnologia com o movimento de ‘sepultamento verde”.

Nos Estados Unidos, a técnica foi usada pela primeira vez em 1990, quando pesquisadores do Albany Medical College procuravam “uma maneira eficiente e barata de descartar restos de animais experimentais, que continham radioisótopos de baixo nível”.

Recentemente, esse procedimento veio à tona com o falecimento do arcebispo sul-africano Desmond Tutu (1931-2021), herói da luta contra o apartheid e ganhador do Prêmio Nobel da Paz em 1984.

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Ele morreu em 26 de dezembro e solicitou que seu corpo fosse submetido à aquamação por ter sido um ativista ambiental que acreditava nesse método como uma forma mais ecológica que a cremação, já que não envolve a combustão da cremação comum.

De acordo com a empresa britânica Resomation, uma “análise ambiental independente” mostrou que o uso de cremação de água em vez de chamas “reduziu as emissões de gases de efeito estufa de um funeral em cerca de 35%”.

Para a empresa Bio-Response, especializada no processo nos Estados Unidos, essa tecnologia reduz o uso de energia em “90% em relação à cremação com chamas”.

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Veja também: O que dizem os estudos sobre a hora da morte?

Fonte: BBC

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