A angina consiste em pressões localizadas na região do peito, principalmente em casos de exercícios físicos. Essas dores são causadas pelo fornecimento insuficiente de oxigênio para o funcionamento ideal do coração. O que faz com que não haja um equilíbrio entre demanda e oferta.
Ela dura em torno de 10 minutos e pode ser considerada como um aviso de que o sistema cardiovascular não está trabalhando corretamente. Aumenta assim, os riscos de acontecer um ataque cardíaco.
Tipos de angina
Conforme o manual desenvolvido pelo MSD, a angina pode ser caracterizada como desagradável e pode se tornar uma sensação de pressão na região do peito, quase nunca sendo descrita como dor.
Vale destacar que ela pode se manifestar de diferentes maneiras, o que faz com que possua diferentes tipos. Saber identificar os tipos ajuda a saber quais são os sintomas característicos. Por isso, confira abaixo os principais tipos e saiba como distingui-los.
Pode ser classificada em três tipos principais: a estável, instável e variante; e três subtipos: atípica, noturna e em decúbito.
1. Atípica
Consiste no excesso de gases no organismo, que gera dor na região do peito. Ela pode ser aliviada por meio da eructação (arroto) e por outros modos de liberação gasosa. A versão atípica é a mais inofensiva de todas, exceto quando ocorre o aumento agudo da pressão. Porém, esse aumento é reversível e pode ser tratado rapidamente.
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2. Noturna
Dependendo do sonho, pode-se ter alterações agudas na pressão arterial, respiração e frequência de pulso. Isso pode indicar uma falta de ar noturna, também chamada de dispneia, responsável por diminuir a oferta de oxigênio ao coração. Isso faz com que não atenda a demanda por essa molécula, gerando a angina.
3. Em decúbito
Basicamente, esse tipo é manifestado durante o repouso. A causa geralmente consiste em alterações na pressão arterial que podem desencadear na falta de oferta de oxigênio para o coração. Essa variação é muito perigosa, pois se não for aliviada rapidamente, pode fazer com que o miocárdio demande ainda mais oxigênio, fator que pode culminar no infarto agudo do miocárdio.
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4. Estável
Também é chamada de ativa, pois acontece no meio da prática de exercícios físicos. Ela é simples de ser contornada, podendo simplesmente utilizar alguns medicamentos e descansar para melhorar essa situação. Vale lembrar que no exercício físico, a demanda de oxigênio aumenta e nem sempre o corpo consegue supri-la.
5. Instável
Esse tipo engloba algumas das variantes que você viu anteriormente, como a noturna e em decúbito. Esse é um dos tipos mais perigosos, pois pode ser um sinal de ataque cardíaco. Afinal, ela pode ocorrer por coágulos no sangue ou até por acúmulo de placas de gordura nas artérias.
6. Variante
Esse tipo é muito grave, pois significa que aconteceu um espasmo em alguma artéria. Esses espasmos ocorrem devido ao fato de as artérias terem se estreitado de forma temporária, o que diminui a circulação e consequentemente, a oferta de oxigênio para o coração.
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Sintomas de angina
É explicitada pelo material disponibilizado pelo hospital Albert Einstein, a distinção entre os sintomas desse problema com o infarto do miocárdio. Antes de apresentar os sintomas, vale ressaltar a diferença entre os dois, para que a pessoa saiba agir de modo correto caso algum deles ocorra.
No caso de a dor ser muito intensa, súbita e prolongada, trata-se de um infarto no miocárdio. A angina não possui tais características, embora seja definida precisamente e não seja fugaz. Por isso, conheça mais os sintomas desse problema e saiba como distinguir perfeitamente para trata-la do modo mais adequado.
1. Aperto
O aperto característico é causado pela falta de oxigênio no coração, que está em busca de conseguir mais quantidade dessa molécula vital, esse órgão aumenta sua contração e expansão nas batidas. Esse aumento na variação cardíaca gera uma sensação de aperto que dura em torno de 10 minutos.
2. Dores localizada
São dores que podem ser notadas com exatidão (é possível apontar com o dedo) onde se sente. Além disso, essas dores possuem uma duração de tempo maior, não sendo uma dor fugaz (alguns segundos, apenas).
3. Sufocamento
Aumenta-se a demanda pelo ar e o sistema respiratório, que tenta trabalhar loucamente para compensar essa falta de oxigênio, que aflige o coração. Por isso, um dos sintomas desse problema é a sensação de sufocamento, como se o ar que você inspirasse não fosse suficiente.
4. Peso
Sentir um peso abaixo da região do esterno é um dos sintomas. Para você ter uma ideia, o esterno é um osso que fica localizado abaixo e ao lado da clavícula, assumindo uma região central na área do peito. Esse peso é gerado pelo esforço do coração para adquirir o oxigênio, feito de maneira atípica.
5. Palidez
A palidez pode ser considerada um dos sintomas da angina, pois está diretamente ligada ao sistema circulatório. A partir do momento que o coração necessita de oxigênio, o sistema circulatório concentra maior fluxo sanguíneo para essa região.
Ao concentrar o fluxo sanguíneo para o coração, o organismo irriga com concentração menor os tecidos que não sejam fundamentais para seu funcionamento, como a pele. O que gera a palidez.
Causas
Existem diversos fatores causadores e grupos de risco. Para que você tenha mais segurança em relação à identificação dos sintomas, é importante que você conheça as suas causas. Por isso, vale destacar que a principal causa é a aterosclerose (acúmulo de gordura dentro das coronárias).
Esse acúmulo de placas de gordura dificulta a passagem do sangue e consequentemente, diminui a oferta de oxigênio. Confira abaixo algumas causas secundárias:
- Idade avançada;
- Estresse excessivo;
- Hipertensão;
- Diabetes;
- Hipercolesterolemia (aumento da concentração de colesterol no sangue);
- Fumar (tabagismo);
- Fatores genéticos;
- Sedentarismo.
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Tratamentos
Existem opções diversas de tratamento para angina, sendo a primeira o controle do fator de risco. Por exemplo, se a pessoa é dependente do cigarro (nicotina), parar de fumar é um passo importante para prevenir esse problema. É como diz a expressão popular: melhor prevenir do que remediar.
O tratamento mais convencional é o uso de nitratos, por meio da via sublingual, para conforto imediato quanto aos sintomas. Ele dilata os vasos sanguíneos, o que facilita o fluxo de sangue e a chegada do oxigênio.
Outro método de tratamento são os betabloqueadores que impedem o coração de fazer esforços excessivos durante a isquemia. Isso faz com que ele poupe energia e reduza os batimentos cardíacos nessas situações.
Por fim, para casos mais graves, pode ser feita a angioplastia para que o vaso fique mais aberto. Essa é uma intervenção cirúrgica mais incisiva e só pode ser decidida pelo médico.
Em qualquer crise de angina, mesmo nas mais fracas, é importante consultar um médico para saber qual é o melhor modo de lidar com o problema.
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