A aorta é uma importante artéria do corpo humano que se localiza na região do abdômen. Por isso, o aneurisma de aorta também é chamado pelos médicos de aneurisma de aorta abdominal. Esse tipo de aneurisma é menos conhecido do que o cerebral, mas apresenta grande risco à saúde, já que pode ser assintomático e fatal. Saiba mais sobre ele e aprenda a prevenir.
O que é
De acordo com informações dos especialistas do Hospital Sírio-Libanês, o aneurisma de aorta é caracterizado por dilatações de pelo menos 3 centímetros nessa artéria. Enquanto algumas pessoas passam anos com essa dilatação assintomática, outras ocorrem rapidamente, colocando a vida em risco.
Causas e fatores de risco
Ele não está associado ao tipo cerebral, mas tem a ver com a aterosclerose, uma doença em que o excesso de gordura acumulada nas paredes das artérias, geralmente por causa do colesterol alto, causa o rompimento dessas paredes, extravasando para o sangue e causando um coágulo que interrompe o fluxo sanguíneo. Veja quais são os fatores de risco para o aneurisma e também suas principais causas:
- Envelhecimento (idade igual ou superior a 65 anos);
- Prevalência no sexo masculino;
- Tabagismo;
- Colesterol alto;
- Obesidade;
- Sedentarismo;
- Histórico familiar de aneurisma;
- Aterosclerose.
Sintomas
Em geral, ele é assintomático e pode ser diagnosticado em exames de rotina, como ultrassom abdominal que avalia a condição de saúde de vários órgãos ao mesmo tempo. Porém, quando a dilatação da artéria ocorre de forma rápida e ela se rompe ou está prestes a se romper, alguns sintomas são percebidos:
- Sensação de pulsação abdominal;
- Dor forte e persistente no abdômen ou nas costas;
- Náuseas e vômitos;
- Queda de pressão;
- Aceleração da frequência cardíaca;
- Choque hemorrágico quando há grande perda de sangue.
Como é feito o diagnóstico?
Como já mencionado, o aneurisma de aorta pode ser detectado nos exames de rotina que se faz no check-up anual. Primeiramente o médico irá fazer uma palpação abdominal no consultório mesmo para verificar se existe uma pulsação diferente do normal na região onde a artéria de localiza. Os exames que podem ser feitos para ter a certeza do aneurisma são:
- Ultrassom;
- Ressonância magnética;
- Tomografia computadorizada.
Rastreamento de grupo de risco
Como forma de prevenção ou de possibilitar o tratamento precoce, no Brasil a política de rastreamento para os grupos de risco é a seguinte:
- Homens fumantes com idade entre 65 e 75 anos devem fazer o rastreamento anual através do ultrassom de abdômen;
Caso o exame aponte um aneurisma menor que 2,6 centímetros, não é necessário realizar outro exame a cada ano, mas sim, a cada 3 anos.
Tratamentos
Antes de pensar em tratar o problema já instalado, os médicos recomendam que a prevenção seja feita o quanto antes.
Hábitos para prevenir o aneurisma abdominal
- Manter uma dieta saudável;
- Praticar exercícios regularmente;
- Não fumar;
- Não abusar de bebidas alcoólicas;
- Controlar o estresse;
- Controlar o colesterol e o peso;
- Controlar a pressão arterial e a glicemia.
Tratamentos
No caso de pacientes com aneurisma detectado em tamanho menor que 5 centímetros, mas que não tenham sintomas, o tratamento começa com monitoramento anual através de ultrassom, permitindo acompanhar seu crescimento. Além disso, pode ser necessário usar medicamentos como estatinas e acetilsalicílicos para um controle rigoroso da pressão, além dos hábitos saudáveis recomendados acima.
Já para os casos de aneurismas com mais de 5 centímetros, com ou sem dores, pacientes com dor ou casos de crescimento do aneurisma em mais de 1 centímetro em menos de um ano é necessário fazer a correção através da cirurgia endovascular na qual coloca-se uma prótese por dentro do aneurisma.
Pode matar?
Embora seja estimado que de 2% a 5% dos homens com mais de 60 anos tenham uma certa dilatação na aorta assintomática, ou seja, passam anos com ela sem saberem, há casos em que essa dilatação é grande, superior a 6 centímetros, o que aumenta em 10% o risco de rompimento da artéria em até 1 ano. Nesses casos o risco de morte é de 90%, mesmo que o paciente seja levado às pressas ao hospital.