Já imaginou você estar sedada na mesa de cirurgia para fazer a sua cesárea, e um dos profissionais que deveria estar cuidando de você, resolve tirar o pênis da calça e colocá-lo na sua boca? Sim, um anestesista brasileiro cometeu esse crime no dia 11 de julho.
Giovanni Quintella Bezerra, de 32 anos, foi filmado por funcionários do Hospital da Mulher de São João de Meriti, no Rio de Janeiro, ao cometer crime. Por conta da prova, ele foi preso em flagrante, sem qualquer risco de mentir e se safar pelo que fez.
O médico demonstrou surpresa ao receber voz de prisão e ao tomar conhecimento de que tinha sido gravado abusando da paciente. Ele achava que seus colegas não tinham visto nada, embora houvessem mais pessoas na sala de operação.
Veja também: Estupro: Pesquisa mostra que 95% das mulheres têm medo
A equipe desconfiou do anestesista
A equipe que trabalhava com o anestesista, já vinha desconfiando do comportamento dele, sobretudo pela quantidade de sedativo, acima do normal, que ele aplicava nas grávidas.
No dia anterior (10/07), Giovanni já havia participado de outras duas cirurgias em salas onde a gravação escondida era inviável.
Então, funcionárias do hospital decidiram trocar a sala de parto na terceira cirurgia, já no dia 11, para conseguir filmar o flagrante, e conseguiram. Veja abaixo, o vídeo do momento em que o anestesista foi preso:
A possível pena para o anestesista criminoso
Giovanni foi indiciado por estupro de vulnerável, cuja pena varia de 8 a 15 anos de reclusão. Agora, a polícia tenta descobrir outras possíveis vítimas do anestesista.
A direção do hospital informou que abriu uma sindicância interna e notificou o Cremerj – Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro, que abriu um processo para investigar o caso e tomar medidas administrativas com a expulsão do anestesista.
Em nota, a Fundação Saúde do Estado do Rio de Janeiro e a Secretaria de Estado de Saúde, a que o Hospital da Mulher de Vilar dos Teles está subordinado, repudiaram a conduta do médico anestesista.
“Informamos que será aberta uma sindicância interna para tomar as medidas administrativas, além de notificação ao Cremerj. A equipe do Hospital da Mulher está prestando todo apoio à vítima e à sua família […] Esse comportamento, além de merecer nosso repúdio, constitui-se em crime, que deve ser punido de acordo com a legislação em vigor”.
A defesa de Giovanni disse que aguarda acesso à íntegra dos depoimentos para se manifestar.
“A defesa alega que ainda não obteve acesso na íntegra aos depoimentos e elementos de provas que foram produzidos durante a lavratura do auto de prisão em flagrante. A defesa informa também que após ter acesso a sua integralidade, se manifestará sobre a acusação realizada em desfavor do anestesista Giovanni Quintella”.
Veja também: Como o estupro afeta a saúde mental das vítimas
Fonte reportagem: G1