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Alzheimer em jovens: é possível acontecer?

Essa é uma doença cruel a qual ainda não conhecemos a cura. Mas, o que pensávamos ter certeza é que ela só afetava idosos

Crédito: Freepik

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Do pouco que sabemos sobre o Alzheimer, uma de suas principais características é que a doença é neurodegenerativa e afeta pessoas idosas. Ou seja, o Alzheimer é um tipo de demência que vai destruindo o cérebro e apagando as memórias, gradativamente. Agora ouvimos falar de Alzheimer em jovens e ficamos pensando: será possível?

Pode acontecer Alzheimer em jovens?

É raro, mas pode acontecer. Quando a doença afeta pessoas mais jovens, chama-se Alzheimer precoce ou familiar, pois só acontece devido a causas genéticas e hereditárias.

Quando se fala “em jovens”, quer dizer que a doença pode começar a manifestar sintomas após os 35 anos de idade, sendo que o mais comum é afetar pessoas a partir dos 60 anos.

Quais os sintomas do Alzheimer em jovens?

São os mesmos de quando a doença afeta pessoas idosas. Os sintomas do Alzheimer são progressivos, começando com episódios de esquecimentos de coisas básicas do dia a dia, como não saber onde estão as chaves do carro. Aos poucos, a doença vai avançando e apresentando mais sintomas:

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Fase 1

  • Perda moderada de memória, principalmente sobre fatos recentes, como se concentrar e manter conversas longas;
  • Leve desorientação quanto ao tempo e espaço, podendo se sentir perdido em ambientes que não conhece;
  • Leve dificuldade de se comunicar, esquecendo palavras do dia a dia repentinamente e nomes de pessoas conhecidas;
  • Alterações de humor, inclusive por conta de todos os sintomas que já está sentindo, levando à ansiedade e irritabilidade;
  • Redução do rendimento no trabalho e na vida em sociedade.

Fase 2

  • A memória fica ainda mais difícil de alcançar, esquecendo-se, por exemplo, do nome das pessoas, tendo dificuldade de reconhecê-las, mas ainda sabendo quem lhe é familiar;
  • Dificuldade em organizar pensamentos lógicos, podendo não conseguir terminar uma conversa ou misturar assuntos;
  • Desorientação mais frequente quanto ao tempo e o espaço;
  • Maior dificuldade em se comunicar e expressar, pois não consegue se lembrar das palavras que deseja utilizar;
  • Mudanças no comportamento, com repetição de perguntas, inquietude, sentir cheiros, ver ou ouvir coisas que não estão acontecendo, delírios, agressividade e desinibição sexual;
  • Sentimento de perda ou insegurança, com mudanças repentinas de humor, passando da tristeza à raiva sem motivo aparente;
  • Alterações no sono, no apetite, problemas de coordenação motora e o início da dependência, pois já não consegue executar todas as atividades diárias com perfeição ou lembrar do que precisa ser feito. A pessoa precisa de supervisão.

Veja também: Os sintomas da fase 3 do Alzheimer

Os sintomas nem sempre indicam Alzheimer em jovens

A lista dos sintomas em cada fase do Alzheimer é assustadora, pois você percebe que as capacidades da pessoa vão se esvaindo.

Mas, nem sempre ter alguns sintomas da primeira fase indica a presença do Alzheimer em jovens. Existem outras doenças capazes de gerar sintomas de esquecimentos, mudanças de humor e na qualidade do sono.

Alguns exemplos são ansiedade, depressão, problemas psiquiátricos, estresse, deficiência de vitaminas, doenças infecciosas, doenças endócrinas ou lesões cerebrais.

De qualquer maneira, se você ou alguém do seu convívio estiver apresentando alguns dos sintomas da doença, é recomendado buscar ajuda de um neurologista o quanto antes para iniciar os tratamentos e retardar ao máximo os efeitos do Alzheimer no cérebro.

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Identificando precocemente a doença

As pessoas que têm histórico familiar de Alzheimer podem fazer um teste genético que vai indicar se há risco de desenvolver a doença, como a genotipagem da Apolipoproteína E. Trata-se de um teste genético caro e disponível em poucos centros de neurologia, mas existe essa opção.

Tem tratamento para Alzheimer precoce?

Se, depois de ir ao médico e fazer todos os exames necessários, for confirmado o diagnóstico de Alzheimer em jovens, é possível iniciar o tratamento imediatamente.

Não vai servir para combater a doença, pois ainda não existe cura. Mas, podem ser usados medicamentos, como Donepezila, Galantamina ou Rivastigmina.

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Também é importante começar a fazer terapia ocupacional, fisioterapia e exercícios físicos  para estimular a memória e ajudar nas atividades do dia a dia.

Veja também: Manual de hábitos para prevenir Alzheimer desde cedo

Artigo com informações da Tua Saúde

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