Praticamente todas as pessoas tiveram alterações na rotina por causa da pandemia. Antes, as mães estudantes precisavam deixar seus bebês aos cuidados de outra pessoa durante o horário das aulas presenciais. Mas agora, estudando em casa, elas podem amamentar seus filhos no horário que eles precisam. Porém, nem todo mundo acha que as mães deveriam ter esse direito.
No caso da estudante Marcella Mares, dos Estados Unidos, o direito de amamentar seu bebê de 10 meses durante uma aula online foi negado pelo professor. A jovem não queria amamentar seu filho diante das câmeras, para que todos vissem. Ela só queria que o bebê pudesse ser alimentado no horário que sentisse fome, sem que isso a impedisse de continuar prestando atenção à aula.
Marcella relatou o ocorrido no Facebook, e depois foi divulgado pela CNN. A estudante disse que o professor enviou um e-mail aos alunos, exigindo que eles mantivessem sua câmera e microfone ligados durante a aula. Ela então respondeu que iria deixar, exceto no momento em que estivesse amamentando seu bebê. O professor ficou indignado:
“Fico feliz em saber que você pode ter sua câmera e microfone ligados, mas, por favor, não amamente sua filha durante a aula porque não é o que você deveria fazer. Faça isso depois da aula”, respondeu o professor.
Para piorar, o professor enviou outro e-mail para todos os alunos dizendo que uma das alunas tinha enviado um e-mail “estanho” propondo “coisas inapropriadas”. Então Marcella entrou em contato com a coordenadora da universidade, e o professor precisou pedir desculpas pela atitude.
No pedido de desculpas, ele alegou que desconhecia a lei que garante o aleitamento do bebê no estado da Califórnia.
“Lamento o transtorno em relação à sua intenção de amamentar seu bebê. A partir de agora, você tem o direito de amamentar seu bebê a qualquer momento durante as aulas. Você pode desligar a câmera a qualquer momento, conforme necessário”, disse o professor.