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Dieta crudívora: prós e contras da alimentação crua

É possível manter uma alimentação saudável sem cozinhar os alimentos, mas é importante conhecer os riscos

Crédito: Freepik

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Alguns chamam de alimentação crua, outros de dieta crudívora ou alimentação viva. Todos os termos fazem referência ao consumo predominante de alimento cru. Claro, apenas o que é possível comer cru ou cozido em baixa temperatura.

Quais os benefícios da dieta crudívora?

Os adeptos da dieta crudívora defendem que os alimentos em sua forma crua preservam mais nutrientes do que os submetidos a altas temperaturas.

De fato, existe um lado positivo. O alimento cru preserva maior quantidade de algumas vitaminas, como a C, do complexo B e de alguns minerais, como o potássio.

Além disso, os praticantes da alimentação crua dão muita importância para a qualidade do que comem, ou seja, evitam tudo o que é processado, refinado, excesso de sal, açúcares e gorduras.

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Então, acabam mantendo uma dieta balanceada, composta por frutas, legumes, tubérculos, brotos, nozes, cereais, sementes e grãos, feijões germinados, leites vegetais preparados sem aquecimento e temperos naturais.

Quem não é vegano nem vegetariano também pode consumir carnes bovinas e peixes crus, com o cuidado que essas carnes exigem para um consumo seguro sem aquecimento.

O lado negativo da dieta crudívora

É importante saber o que acontece com os alimentos durante o cozimento para entender que a alimentação crua tem seu lado negativo.

Por exemplo, o cozimento aumenta a biodisponibilidade de vários nutrientes do alimento, além de destruir certos compostos nocivos e matar bactérias, como a Salmonella, que pode causar uma infecção alimentar.

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Sobre os compostos nocivos, podemos citar o ácido oxálico presente em vegetais como espinafre, beterraba, acelga e salsa. Esse ácido é um fator antinutricional, que se liga ao cálcio durante a digestão e forma o oxalato de cálcio.

Além de tornar o cálcio indisponível para o corpo, esse composto pode formar cristais e se alojar nos músculos ou nas extremidades, causando gota.

O cozimento também ajuda a melhorar a biodisponibilidade de alguns antioxidantes, como o betacaroteno, licopeno, luteína e astaxantina.

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Mais um cuidado importante é para as pessoas que têm diverticulite, gastrite e úlceras ou passaram por uma cirurgia intestinal recentemente.

Isso porque os vegetais ricos em fibras, quando são consumidos crus com frequência, podem agravar essas doenças ou a recuperação.

Aproveite e veja: Bolo de arroz cru: um jeito diferente de saborear

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Manter ou evitar uma alimentação crua?

A questão é que cada organismo é único e, por isso, tem suas próprias necessidades. Então, o ideal é que a pessoa interessada em manter uma alimentação viva consulte seu médico e um nutricionista, para saber de que forma é seguro fazer isso no seu caso.

A princípio, não é recomendado abandonar os alimentos cozidos e consumir apenas o que é cru, mas sim, equilibrar as duas formas de consumo para obter os benefícios de ambas.

E se ficou na dúvida sobre como os crudívoros comem vegetais duros, que não dá para comer sem cozinhar, saiba que eles colocam vários grãos duros de molho por algumas horas.

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É um processo igual a deixar o feijão de molho antes de cozinhar, mas sem a parte do cozimento. O molho ajuda a amolecer e também ajuda a inativar fitatos, fatores antinutricionais que prejudicam a absorção de proteínas, vitaminas e minerais.

Um processo parecido é feito para germinar vários tipos de sementes e grãos, permitindo que se consumam os brotinhos, riquíssimos em nutrientes. Veja, no vídeo abaixo, como é que faz:

 

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