São raros os casos de pessoas com alergia à água no mundo. Já falamos aqui sobre o caso de alergia à água da youtuber Niah Selway, que ficou conhecida por documentar e compartilhar na internet o seu dia a dia com essa doença.
Mas, o caso de Niah não parece ser tão grave quanto a alergia relatada por Abigail Beck, de 15 anos, que mora em Tucson, no Arizona (EUA).
Abigail sofre de urticária aquagênica, uma condição que traz outros sintomas de dor e desconforto até mesmo quando ela bebe água ou chora. Veja o relato da jovem.
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Ela nunca tinha ouvido falar de alergia à água
De acordo com o jornal norte-americano New York Post, Abigail foi diagnosticada com a alergia em abril de 2022, depois de três anos com sintomas e por falar aos médicos que as lágrimas pareciam ácido e o banho doía.
Quando os sintomas começaram, Abigail achou que eram normais, que todas as pessoas sentiam esse desconforto ao terem contato com a água. Até questionou sua mãe por não ter dado atenção quando a filha reclamou do que sentia.
“Perguntei à minha mãe recentemente se ela se lembra quando perguntei isso e por que ela não achou que algo estava errado. Ela disse que achava que era algo que uma criança diria”.
Por nunca ter ouvido falar de alergia à água, Abigail pensava que o problema estava com a água, e não com o organismo dela. Mas, com o tempo, ela foi percebendo que não podia tomar banho ou nadar normalmente sem ter dor e outros sintomas, como a urticária.
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Sintomas de alergia à água sentidos pela jovem
Por causa dos sintomas difíceis de lidar, Abigail não bebe água há um ano, pois vomita toda vez e diz que o gosto é ruim.
“Eu vomito se bebo água, meu peito dói muito e meu coração começa a bater muito rápido”, disse.
Com isso, a adolescente recorre a comprimidos de reidratação, e coisas que “não vão tanta água assim”, segundo ela, como energéticos e suco de romã puro.
Só que, nas últimas semanas, Abigail teve uma reação porque não sabia que uma bebida esportiva tinha mais água que o aceitável para as condições dela.
“Eu tive uma reação por cerca de quatro horas em que meu estômago estava com cólicas, meu peito estava doendo e eu estava muito tonta e cansada”.
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O banho é uma das piores experiências para quem sofre com esse tipo de alergia. Segundo conta a jovem, os sintomas começam de leve e vão piorando depois que ela sai do banho.
“Quando tomo banho, começa bem leve, depois fico com uma erupção cutânea e vergões vermelhos, depois se desenvolve uma urticária”, disse. “Quando eu saio, a reação realmente começa a acontecer. Eu tenho que secar o mais rápido possível. Eu tenho que deixar a água correr e sair da água enquanto lavo meu cabelo”.
Chorar também é sofrido para ela, assim como pegar chuva na pele. “Se estiver chovendo, eu provavelmente não sairia, mas se for preciso, me certifico de estar totalmente coberta com uma jaqueta e três pares de calças de moletom”.
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A busca por um tratamento adequado
Abigail tem medo da falta de informação sobre essa doença. Por falta de casos o bastante para serem estudados, os médicos não sabem dizer se a jovem corre risco de morte, e ela vive aflita sem saber dos riscos da sua condição.
“Tenho sintomas que podem fazer meu coração parar, mas ninguém sabe nada sobre a condição, então eles não sabem se meu coração ou pulmões podem parar de funcionar”.
Abigail tenta se manter de bom humor e está trabalhando em conjunto com um alergista para traçarem um plano de possíveis reações alérgicas quando ela estiver na escola.
“Tenho medo de que, se um dia sair do controle, ninguém saberá o que fazer, inclusive eu. Eu nem sei como me ajudar. Tento me manter de bom humor e sei que, se algo acontecer, as pessoas ao meu redor farão o melhor que puderem”.
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Fonte: UOL Notícias