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Como ajudar a criança a lidar com pai (ou mãe) ausente

A ausência dos genitores não é motivo para a criança ter uma vida infeliz e sem perspectivas. Ela só precisa de alguém que lhe mostre o caminho

Crédito: Freepik

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Crescer na ausência do pai ou da mãe, às vezes dos dois ao mesmo tempo, infelizmente é comum no Brasil. Mas nem sempre é um problema, pois a criança é cuidada por pessoas que lhe oferecem muito amor e diálogo, ajudando-a a se sentir amada, segura e feliz.

É bem importante saber como levar o dia a dia com uma criança que não tem os pais presentes, pois cada situação vivida na rotina vai fazer diferença na formação da autoestima da criança, e vai determinar muitas de suas atitudes ao longo da vida.

Cada caso é único

Em primeiro lugar, a pessoa que estiver cuidando de uma criança que tem pais ausentes precisa entender que cada caso é único. Ou seja, não precisa achar que a criança cuidada por você vai ter problemas no futuro só porque sabe de alguns casos que resultaram mal. Cada criança tem uma personalidade, e cada família tem uma realidade. Então, leve essas dicas que vai ver a seguir em consideração, mas adapte para a realidade na sua casa e da sua criança.

Sinceridade é essencial

Vai chegar uma idade em que a criança vai questionar a ausência dos pais (ou de um deles). É importante que o adulto preste atenção nesse questionamento e dê valor para o que a criança está sentindo nesse momento. Se ela está perguntando, seus sentimentos estão precisando de atenção.

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De acordo com a idade da criança e seu nível de compreensão sobre a realidade, é importante ser sincero sobre o que está acontecendo.

Às vezes ocorreu uma separação, às vezes um dos pais está com problemas e se ausentou, às vezes a criança foi abandonada e está sendo criada pelos avós, padrinhos, tios ou outra família sem grau de parentesco.

São situações delicadas de explicar, pois a criança não pode pensar que sua vida não tem importância, que ninguém a ama. De forma cuidadosa, o adulto deve ser sincero ao dizer se os pais irão voltar um dia (no caso de um problema de saúde física ou mental, por exemplo), se escolheram essa família para cuidar melhor dele porque não tinham condições de dar-lhe uma boa vida, se faleceram, se houve um divórcio e agora algumas coisas vão mudar.

O importante é deixar a criança com a certeza de que ela não tem culpa, e que ela tem muito valor nessa casa onde vive. Também, responder apenas o que ela perguntar, sem entrar em detalhes desnecessários naquele momento.

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Os sentimentos não devem ser bloqueados

A criança não deve ser impedida de chorar, sentir tristeza, raiva ou frustração. Esses sentimentos são importantes porque ajudam a libertar as angústias e expressar o que ela está sentindo em um momento de dúvidas ou saudade.

Então, ao invés de dizer “não chore”, “não fique com raiva” ou “esquece isso”, o adulto deve dizer à criança que esses sentimentos são normais e que entende porque ela está assim. Ao mesmo tempo, deve ajudá-la a se sentir acolhida, oferecendo um abraço ou palavras de conforto.

A criança não deve ser superprotegida

Às vezes, o pai, a mãe ou outra pessoa que cuida da criança fica com pena da situação que ela está vivendo e passa a protegê-la do mundo o máximo possível. Mas, esquecem que a vida continua e essa criança precisa receber ensinamentos sobre como lidar como todo tipo de sentimento, lidar com situações difíceis, perguntas que os outros vão fazer e tudo mais. Não vitimize a situação nem esconda essa criança do mundo. Você é o porto-seguro dela, que vai encorajá-la a enfrentar seus medos nos momentos em que ela encontrar uma dificuldade.

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Mostrar o lado bom

Independentemente da situação que levou a criança a ter pai, mãe ou ambos ausentes, sempre tem muita coisa boa para acontecer na vida dela. Sempre que possível, enalteça as qualidades da criança, elogie seu bom comportamento, seus feitos, suas notas e boas atitudes.

Também, lembre a criança de que a família é composta pelas pessoas que se amam e cuidam umas das outras, mesmo que não compartilhem do mesmo sangue (se for o caso). Mostre que ela tem um lar, um lugar para pertencer, amor, e que a vida é feita de muitos momentos de felicidade.

Ser o exemplo

Na ausência do pai, da mãe ou de ambos, a criança vai precisar de outros exemplos a seguir. Se o adulto responsável for você, lembre-se que tudo o que você faz e fala é percebido pela criança como um exemplo a ser seguido. Então, escolha ser uma pessoa honesta, positiva, amorosa e respeitosa com todos à sua volta.

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