Águas-vivas não são exatamente incomuns nas praias do Rio de Janeiro, mas algumas são capazes de assustar. Pescadores de Cabo Frio, cidade da Região dos Lagos, avistaram nas praias da Ilha do Japonês e no bairro da Passagem, águas-vivas de cerca de 10 quilos.
De acordo com especialistas consultados pelo jornal O Globo, porém, o tamanho não deve ser motivo de preocupação além do normal, pois não significa que elas sejam mais perigosas.
“Quanto mais frágil for o braço, mais peçonhenta é a água-viva. […] Quanto maior a água-viva, mais resistente serão seus braços, pois a potência da peçonha acaba sendo menor”, explica o biólogo marinho Marcelo Szpilman.
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A peçonha é responsável pela paralização do organismo atacado. As irritações ou queimaduras causadas na pele das vítimas pelo animal são causadas pelas toxinas, que ficam em cápsulas nos seus braços.
Segundo o biólogo, a maioria das águas-vivas encontradas no litoral do Brasil é inofensiva. O oceanógrafo David Zee orienta a jamais pegar ou encostar numa água-viva, seja qual for o tamanho.
“Caso aconteça, a pessoa não pode jogar água doce em cima do animal, pois isso estimula a explosão das cápsulas e aumenta a irritação. Se for queimado por água-viva, é importante jogar vinagre em cima dela e lavar a região com água salgada.”
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