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Adolescente perde parte da panturrilha após picada de mosquito

Muito cuidado ao expor a pele quando estiver ao ar livre. Alguns mosquitos transmitem doenças graves

Imagem: Divulgação/ Arquivo Pessoal

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Enquanto estava fazendo uma atividade escolar em Caieiras (SP), no dia 14 de fevereiro, a adolescente Maria Clara Oliveira Nogueira, de 14 anos, foi picada na panturrilha por um inseto.

A atividade na qual a jovem estava envolvida aconteceu ao ar livre, na horta da Escola Estadual Doutor Mário Toledo de Moraes, no bairro Laranjeiras.

A proposta era que os alunos lavassem e pintassem pneus para confeccionarem bancos. Mas, no local onde a atividade foi realizada, o mato estava até a altura do joelho de Maria Clara e facilitou a picada do mosquito que, mais tarde, descobriram ser o transmissor da leishmaniose.

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Uma picada que necrosou a panturrilha da jovem

Maria Clara sentiu na hora em que foi picada na panturrilha, pois doeu. Ela foi levada ao Hospital de Laranjeiras, onde foram realizadas drenagens e administradas medicações.

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Ainda assim, após 15 dias, o médico responsável decidiu internar a adolescente porque suas dores estavam aumentando e o aspecto do ferimento na panturrilha estava piorando bastante.

Ele explicou que Maria Clara havia contraído uma bactéria após a picada, e que seria uma infecção “resistente”. Quando a jovem foi internada, familiares da adolescente teriam sido informados pelos médicos que a menina corria o risco de perder a perna.

Fabiana Borin, mãe de Maria Clara, ficou em desespero por ver a filha com tanta dor e perceber que aquilo não estava certo.

“Minha filha gritava de dor e diversas vezes precisou tomar morfina. Não aguentando mais tanta dor ela chegou a pedir para morrer, porque não tinha mais forças”, disse a mãe da menina.

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A picada do mosquito-palha transmissor da leishmaniose

Levou quase um mês para que Maria Clara recebesse o diagnóstico correto: ela foi picada pelo mosquito-palha transmissor da leishmaniose.

Foram necessárias cinco biópsias para chegar ao resultado, identificado por laudo médico como leishmaniose – no caso dela, cutânea e com gangrena.

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Enquanto esteve internada, Maria Clara passou por dois procedimentos cirúrgicos para a retirada de necroses da panturrilha, que poderiam gerar infecção generalizada.

A leishmaniose é uma doença causada pelo protozoário leishmania e transmitida pela picada da fêmea do mosquito-palha, podendo atingir pessoas e animais.

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Os sintomas da doença variam conforme a gravidade de cada caso, podendo ter febre, diarreia, perda de peso e anemia, além de ocorrências mais graves, como aumento de fígado e baço, e problemas respiratórios.

Maria Clara já recebeu o tratamento e foi para casa, só que ainda está de atestado médico e não voltou para a escola.

Em nota, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo lamentou o ocorrido com a estudante e disse que está prestando toda assistência necessária.

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“A apuração para identificar as causas do ocorrido está em andamento. A unidade, que fica localizada próximo a uma mata nativa, passa todo início de ano por processos de limpeza de caixa de água, bebedouros, troca de filtros, dedetização e desratização e, por precaução, a unidade realizou uma nova dedetização no dia 23/03”.

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Fonte: UOL

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