Que delícia quando se pode abraçar alguém bem apertado. Além de ser um conforto para a alma também faz bem ao corpo, segundo uma pesquisa da Universidade Carnegie Mellon, nos Estados Unidos.
Abraçar faz bem para a saúde
O teste feito era simples: ver se a quantidade de abraços recebidos servia para preservar os voluntários de infecções ligadas ao estresse. Ao todo foram testados 404 adultos, durante 14 noites seguidas medindo, através de questionários, os problemas pessoais diários e o número de abraços naqueles dias.
Depois desse período, foram submetidos, de propósito, ao vírus da gripe, ficaram isolados, mas monitorados para ver como seria a evolução da doença. As pessoas que receberam mais abraços de quem confiam não tiveram avanço nos sintomas gripais, foram cerca de 1/3 dos voluntários.
Entre aqueles que pegaram a gripe, em quem tinha o número maior de abraços recebidos a intensidade da doença foi mais leve do que de quem tinha o menor número. A pesquisa concluiu que o abraçar diminui os danos causados pelo estresse, mantendo a imunidade muito melhor.
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O abraço diminui o medo e aumenta a auto-estima
Pessoas com baixa auto-estima e medos existenciais podem também ser beneficiadas com o abraço. Isso é o que afirma outro estudo, realizado por uma universidade em Amsterdam. Nele, os pesquisadores perceberam que “mesmo instâncias fugazes e aparentemente triviais de contato interpessoal podem ajudar as pessoas a lidar de maneira mais eficaz com as preocupações existenciais”.
De acordo com a pesquisa, o abraço, assim como outros tipos de toque interpessoais, “pode ser um complemento útil às terapias cognitivas mais tradicionais no tratamento de baixa auto-estima e distúrbios relacionados, como depressão e ansiedade”. Isso mostra o quanto é importante, não apenas abraçar, mas até mesmo tocar nas outras pessoas, confirmando o espírito coletivista humano.
Mas não basta abraçar
Outra pesquisa mostrou que não é apenas o abraço que pode trazer efeitos positivos nas pessoas. Ele deve estar associado a expressões faciais para ter seu efeito potencializado. De acordo com a pesquisa, “não apenas o toque afeta a emoção, mas também as expressões emocionais afetam a percepção do toque”.
Os pesquisadores avaliaram em quanto tempo se tinha uma resposta afetiva a um abraço, sendo de 25 milissegundos após iniciado o abraço. Dessa forma, perceberam também que os sentimentos são despertados logo no início do contato físico. Mas isso pode não ser necessariamente uma coisa boa.
O estudo foi realizado com expressões de raiva, felicidade, medo e tristeza feitas pela pessoa que abraçava. Como resultado, obtiveram expressões faciais irritadas, felizes e tristes, além de raiva, mais tardiamente. Ou seja, “não apenas o toque afeta a emoção, mas também as expressões emocionais afetam a percepção do toque”. Então deixa aquele abraço de crocodilo pra lá e corre para perto de quem você ama!