Passar por um aborto é uma experiência muito delicada e traumática para as mulheres. E mesmo depois de se recuperarem de um, existe o risco do aborto de repetição, que torna a situação ainda mais desafiadora para a saúde física e mental de quem passa por isso.
É importante entender as possíveis causas do aborto de repetição e manter-se acolhida entre as pessoas que podem ajudar, como família, amigos e os médicos.
O que é aborto de repetição?
Como o nome sugere, o aborto de repetição é quando uma mulher sofre três ou mais abortos espontâneos consecutivos.
O aborto espontâneo é quando a gestação chega ao fim antes das 22 semanas, ou depois disso, mas com o feto pesando menos de 500 gramas e medindo menos de 25 centímetros. Nesse caso, o feto é eliminado naturalmente do organismo da mulher.
Também pode ocorrer o aborto tardio, que é quando o embrião ou feto fica retido, sem vida, dentro do útero. Ele pode ficar ali por dias ou semanas, sem que o corpo o detecte e sem a mulher perceber, até que vá ao ginecologista e a verdade apareça através do exame de ultrassom.
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Quais as principais causas para o aborto de repetição?
Sofrer aborto é mais comum do que se imagina. Não significa que tenha algo errado com a mulher, mas em alguns casos pode ser um problema de saúde ou alguma alteração no organismo.
Antes de chegar a conclusões precipitadas, veja quais as possíveis causas do aborto de repetição e converse com seu médico sobre o seu caso em particular.
Anomalias anatômicas no útero
Anomalias no útero podem ser descobertas só depois do aborto de repetição, como, por exemplo, as malformações müllerianas, miomas, pólipos e sinéquias uterinas.
Para chegar a um desses diagnósticos, os médicos solicitam um exame da cavidade uterina, através de ecografia pélvica com sonda transvaginal 2D ou 3D e histerossalpingografia.
Alterações genéticas
Abortos de repetição também podem ocorrer por causa de alterações genéticas, que nem sempre a mulher sabe que tem. Os erros mais comuns são a trissomia, poliploidia e monossomia do cromossoma X.
Trombofilias
São doenças que provocam alterações na coagulação do sangue da mulher. Essas alterações aumentam o risco de formar coágulos sanguíneos e causar tromboses, que podem impedir a implantação do embrião no útero ou provocar aborto de repetição.
Alterações endócrinas ou metabólicas
O aborto de repetição tem maior risco de ocorrer, também, em gestantes diabéticas, com disfunção na tireoide ou com alterações na prolactina (hormônio indispensável na maturação do endométrio).
Outros problemas endócrinos e metabólicos que podem interferir na gestação são obesidade, síndrome do ovário policístico e deficiência do hormônio progesterona.
Rejeição do sistema imunológico da mulher
Quando a mulher engravida, o embrião é considerado um invasor pelo sistema imunológico. O organismo precisa se adaptar a esse “corpo estranho”, só que nem sempre isso acontece. É por isso que muitas mulheres sofrem aborto de repetição e dificuldade para engravidar.
Abuso de drogas
Fumar, consumir bebidas alcoólicas com frequência e usar drogas ilícitas são fatores que contribuem para o aborto de repetição.
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Artigo com informações de Tua Saúde