Ela estava totalmente apaixonada, achava que tinha encontrado o homem da sua vida, mas parece que não era bem assim. Depois de algum tempo de relacionamento, Jill foi abandonada no altar, em frente à família e aos amigos, sozinha. Seu noivo não apareceu no dia do casamento, mas para ela isso ainda não foi o fim.
Abandonada no altar
Muitas pessoas têm dificuldade para lidar com o abandono, principalmente em situações tão extremas quanto a de Jill. Porém, ela decidiu perdoar e tentar novamente. Procurou compreender os motivos e continuou se relacionando com o ex-noivo, até descobrir que estava grávida.
Ao contar a notícia, com um misto de medo e felicidade, ela ouviu com frieza de seu parceiro que deveria abortar a criança, pois não receberia nada dele. Decepcionada e muito ferida, Jill foi para uma clínica de aborto, onde encontrou duas mulheres que mudaram sua vida.
Elas consolaram e conversaram com a futura mamãe e pediram que pensasse melhor sobre a escolha. Ela tinha direito de pedir uma ultrassonografia, para ver como estava o feto, e foi os que essas mulheres aconselharam-na a fazer.
Depois de muita insistência no hospital, ela finalmente conseguiu fazer o exame e o que viu foi comovente e mudou totalmente sua forma de pensar. Ela percebeu uma pequena pessoa em formação dentro de si e passou a amá-la imediatamente. Assim, Jill desistiu do aborto, apesar dos medos e de não saber como iria criar aquela criança.
O que aconteceu depois
Ela conseguiu não somente criar seu filho, Nicholas Joseph, mas também ajudar milhares de mães que passam pelo mesmo dilema, todos os dias. Ela registrou o crescimento do seu bebê, compartilhando a importância de dar chances a uma nova vida. Veja o que ela pensa sobre isso:
“Eu sei que você fez diversos planos enquanto estava crescendo; encontrar o homem dos sonhos, apaixonar-se, casar e ter uma família, mas Deus tem um plano diferente para cada um de nós. Seus sonhos podem mudar, melhorar de uma hora para outra. O plano de Deus para mim era que eu tivesse uma família linda, mesmo que fosse somente eu e meu pequeno. No final tudo dá certo”.
Abando e o perdão
Jill conseguiu lidar bem com o abandono no altar, compreendendo as causas que levaram seu ex-noivo a fazer isso. Você talvez esteja imaginando que ela foi um tanto inocente ao fazer isso, mas, na realidade, ela fez um bem imenso para si mesma.
O abandono pode trazer traumas que desencadeiam, a médio e longo prazo, sentimentos de baixa autoestima, posse, insegurança, ciúmes exagerados, bloqueios, frieza nos relacionamentos e mais.
Porém, o perdão é fundamental para curar as feridas, evitando ou reduzindo as chances desses problemas acontecerem, pois ele leva a uma análise empática, fazendo com que a pessoa compreenda as razões e passe a perdoar.
O perdão é bom para quem perdoa, pois quem feriu já seguiu seu caminho e somente o ferido fica sentindo a dor. Então para libertar-se da dor, é preciso perdoar.
Aborto
É leviano julgar qualquer pessoa que tenha passado por essa dolorosa experiência, de forma superficial, com base em clichês. Não se sabe ao certo o que se passa na vida de cada um, então é impossível fazer um julgamento de valor adequado, correndo-se o risco de apontar dedos.
Por isso é importante se informar sobre o tema, os diversos riscos e marcas que podem deixar na alma da mulher. É importante considerar também o outro lado: e se mantiver a gravidez, quais as consequências?
Cada caso é único, mas sempre que possível, se deve pensar seriamente sobre a importância da vida e o quanto o ser humano pode ser flexível superar todas as dificuldades, em nome do amor.
O aborto pode ocorrer espontaneamente ou ser causado, tendo ambas as formas, riscos para a saúde física e mental da mulher. No caso do aborto espontâneo, a sociedade se comove, as famílias se unem e as tias começam a dar as mais estranhas dicas de como fazer um novo bebê – muitas vezes ignorando o período de luto.
Deve-se ter delicadeza e sensibilidade para abordar o tema, oferecendo suporte, porém se ser invasivo.
Já o aborto por escolha nem sempre é conhecido, acaba sendo feito ilegalmente em lugares sem condições e por pessoas sem treinamento, expondo a mulher a riscos, inclusive de morte. A mulher sofre sozinha ou com poucos amigos, passa e supera também, mas sempre ficarão marcas e traumas, além um enorme sentimento de culpa.
Ela irá precisar de apoio em ambos os casos, mas se não encontrar, que seja forte para compreender os motivos, perdoar a si e aos outros e seguir em frente.