A história que você vai conhecer agora é de uma mulher chamada Katie Page. Quando jovem, ela resolveu se mudar para outra cidade para começar uma nova vida, como é a vontade de muitos jovens desbravadores. Kate só não imaginava que nessa nova cidade ela descobriria sua vocação: ser mãe adotiva.
A primeira mudança
A grande mudança na vida de Kate começou quando o seu casamento terminou. Esse é um momento marcante, cheio de sentimentos, e também é comum que as pessoas queiram mudar de ares, inclusive de cidade, para recomeçar. Foi assim que Kate saiu do Alabama e foi para o Colorado.
Novo trabalho e novas pessoas
Dentro das mudanças de vida, também faz parte mudar de trabalho e conhecer pessoas novas. Kate conseguiu um emprego na GE Johnson, uma construtora, como gerente de serviços integrados.
Um novo lar
Ela então comprou uma casa com 4 quartos, mesmo estando sozinha. Mas sabia que aquele era o ambiente certo, só não sabia ainda o motivo. “A casa tinha 4 quartos grandes. Eu disse a meus amigos na época que ela foi feita pra ‘mais’, mesmo sem saber o que significava ‘mais’ naquele momento”, contou Page.
Amadurecimento e novas perspectivas
Quando as coisas em volta mudam, a mente também passa por uma evolução. E adaptar o lar para a sua personalidade e estilo de vida faz parte disso. Então, Kate tinha planos de também reformar sua casa nova. “A casa que comprei precisaria de muito trabalho pra se transformar no que eu imaginei – e a maior parte eu mesma teria que fazer pra conseguir pagar”, disse ela.
“Eu sabia que Deus estava me chamando para ser uma mulher bem diferente de que meu era naquele momento”, lembrou Page. “Eu me lembro de literalmente me olhar no espelho um dia e soluçar em frente ao que eu via, e eu sabia que eu não era a mulher que meu coração desejava que eu fosse.”
Ainda faltava algo
Agora ocupada com a nova vida e a reforma da casa, Kate ainda estava intrigada com uma sensação de vazio interior. Ela estava fazendo o seu melhor, com novos amigos, mas ainda lhe faltava alguma coisa.
Mais tarde, ela recebeu uma carta que colocaria sua vida de cabeça pra baixo. Porém, de forma positiva, pois iria ajudá-la a encontrar o que precisava em si mesma. Após ler a carta duas vezes, Kate percebeu que estava diante de uma oportunidade única!
O convite
O conteúdo da carta que Kate havia recebido era um convite da sua igreja. Por ser uma pessoa religiosa, ela começou a frequentar a igreja na sua nova cidade. A carta convidava a jovem para ajudar num seminário que forneceria à comunidade detalhes sobre um Programa de Amparo a crianças carentes.
Parecia muita coincidência
Ao ler aquela carta, Kate sentiu algo diferente, como um chamado. Será que era isso o que ela estava esperando? Algo significativo, capaz de transformar a vida de pessoas, através da sua empatia e entrega? Ela ficou balançada.
Apoio das pessoas queridas
Depois de muito refletir, Kate começou a se enxergar ajudando no cuidado daquelas crianças que a carta mencionava. Será que esse era o motivo de ela comprar uma casa tão grande e estar engajada em uma reforma? Ela estava começando a ligar os pontos.
Então, Kate resolveu participar do seminário e ver tudo isso mais de perto, ganhando forma. Mas antes, ligou para sua mãe. Não teria opinião melhor sobre o que ela estava pensando ou sentindo, do que a da mulher que a gerou no ventre.
De início, a mãe de Kate estranhou a nova ideia da filha em se tornar uma mãe adotiva. Sua vida estava voltando a entrar nos eixos depois de tantas mudanças. Mas, a vida é assim e as mães sabem disso melhor do que ninguém. A mãe de Kate resolveu acompanhá-la no seminário, se era isso que faria a filha feliz.
O seminário
Quando chegou o dia do seminário, Kate estava lá. Logo no começo da apresentação, ela sentiu algo muito profundo. Sabia que estava no lugar certo. Ao mesmo tempo em que ficou ansiosa e assustada com tudo o que essa nova ideia representava, havia um impulso maior do que ela podia controlar. Ela foi se apaixonando cada vez mais pela ideia.
Um novo objetivo para a vida
Kate estava com a sua nova vida nos trilhos. Cidade nova, trabalho novo, casa nova e sendo reformada. Ela agora tinha encontrado algo a mais para pensar. Antes do seminário, essa ideia de mãe adotiva nunca tinha passado pela cabeça da jovem. Mas, a partir daquele momento, era só no que ela conseguia pensar. Apenas estava na dúvida sobre ingressar nesse universo de imediato ou esperar mais um pouco.
Refletindo
Kate tinha plena consciência do que era assumir uma responsabilidade como essa. Ser mãe iria transformar sua vida por completo, e ela precisava se preparar psicologicamente. Refletir sobre todos os aspectos, prós e contras, ainda mais quando se trata de trazer para sua vida um pequeno ser frágil que já passou por uma situação de abandono. Não poderia desistir. Ela conversou com várias pessoas antes de se decidir.
Um novo capítulo
Depois de muito refletir, Kate estava decidida. Ela iria abraçar o seu propósito de vida. Dia das Mães de 2015, Kate Page completou seu pedido para se tornar mãe adotiva. Agora ela sentia que sua vida estava completa, pois ela tinha uma missão que preenchia sua alma. Estava cada vez mais ansiosa, animada e imersa nesse universo.
Entrega total antes mesmo da adoção
Kate já estava com seu pedido para ser mãe adotiva entregue, e também já tinha passado por um treinamento para pais adotivos. Mas, ainda estava na fila de espera. Porém, ela estava tão feliz com esse novo passo que havia dado em sua vida, que decidiu continuar imersa no universo das crianças que precisam de ajuda. Ela então passou a se dedicar ao cuidado de crianças com traumas que precisavam de um lar temporário.
Um envolvimento profundo
Kate estava amando a experiência de ser mãe adotiva temporária das crianças. Ela já tinha passados por 4 vivências com diferentes crianças, e estava cada vez mais certa que essa era sua missão. E justamente por isso, ela estava cada vez mais ansiosa por ter um filho adotivo que não fosse temporário.
Um recém-nascido à porta
Porém, Kate não fazia ideia da história que estava prestes a viver. A vida estava apenas preparando-a para uma experiência que nunca teria passado pela cabeça dela, a não ser quando bateu à porta e a fez enfrentar uma nova realidade diferente de tudo.
Um dia, a agência de adoção ligou, perguntando se Kate estava disposta a pegar um caso específico. Uma mãe havia abandonado seu menino ainda bebê num hospital próximo, e eles precisavam da ajuda de Kate. Ela já estava cuidando de um bebê de 14 meses, mas nunca havia cuidado de um recém-nascido.
Uma missão sem igual
Kate não tinha experiência com bebês recém-nascidos, mas ela em nenhum momento pensou em recusar ajuda a essa pequena vida que estava no mundo havia 4 dias. A criança estava em uma situação frágil, pois sua mãe era usuária de drogas. Embora a agência soubesse que Kate era inexperiente com casos mais complexos como esse, ninguém mais por perto poderia ajudar. Ela estava de frente com sua principal missão até aquele momento.
Momentos marcantes e cheios de emoção
A criança de apenas 4 dias passou por exames e os médicos viram que em breve o efeito das drogas seria eliminado do que pequeno corpo. Mas, haveria uma fase de abstinência. Kate estava muito comovida com a história daquele bebê que ainda nem tinha um nome. Ela precisava de conselhos de alguém em que ela confiava acima de tudo: sua mãe.
O apoio mais importante
Kate agora estava com duas crianças pequenas em casa. Pediu que sua mãe viesse ajudá-la por algum tempo até que ela se adaptasse com essa nova rotina. Sem hesitar, a vovó aceitou. Então, era hora de dar um nome para o bebê que estava recém-chegado ao mundo e à família. Por conta da sua fé em Deus, Kate queria dar um nome que representasse o que estava acontecendo na vida dela e do bebê naquele momento. Então ela o batizou de Grayson, uma variação de “grace” que significa “graça”.
Ainda não era oficial
Enquanto Kate cuidava do pequeno Grayson, a equipe de assistência social continuava em busca dos pais biológicos do menino. Só o que eles sabiam era o primeiro nome e a idade da mãe. Mas, já tinham se passado 11 meses e ainda não tinham respostas sobre nada relacionado à mulher que carregou o menino no ventre. Porém, eles ainda descobririam algo muito cruel…
Um coração de mãe
Não faltaram esforços da assistência social e da própria Kate para descobrir quem eram os pais de Grayson. Mas, lá no fundo, Kate estava aliviada, pois ela já se sentia mãe do menino que estava criando desde os 4 dias de vida. Eles tinham uma ligação especial e seria injusto tirá-lo da vida dela a esta altura. Então, ela conversou com a assistência e sobre a decisão de adotar o menino e dar a ele o sobrenome dela para oficializar a adoção e ninguém mais poder tirá-lo de sua vida, mesmo que a mãe biológica resolvesse aparecer.
Uma família mais completa
A partir do momento em que Grace decidiu oficializar a adoção de Grayson, tudo aconteceu rapidamente. No dia 25 de maio de 2017 eles comemoraram a adoção e o novo sobrenome do pequeno Charles Grayson Page. Porém, ainda tinha mais uma surpresa que faria a vida de Kate ser mais emocionante.
A segunda missão
Kate já não estava mais com o outro bebê que chegou antes de Grayson. Agora eram apenas os dois. Ela queria se dedicar ao máximo ao seu filho para ajudá-lo a superar as sequelas que ainda tinha por conta da exposição às drogas. Porém, uma nova missão surgiu. Kate recebeu uma ligação da assistência, pedindo que ela assumisse mais um caso semelhante ao de seu filho. Dessa vez, uma menina.
Um sinal divino
Kate mal podia acreditar que a vida tivesse lhe trazido mais um caso tão parecido. Aquela menina tinha sido deixada no mesmo hospital em que Grayson nasceu, e também tinha sido exposta a drogas durante a gestação. Mesmo sobrecarregada com os cuidados que o filho exigia, Kate sentiu que precisava ajudar, pois esse era um sinal divino de que estava cumprindo brilhantemente com sua missão de vida.
Uma semelhança intrigante
A pequena garotinha foi levada à casa de Kate pelo assistente social. Eles contaram tudo o que sabiam sobre a menina, e a história era idêntica a de Grayson. Não tinham informações sobre a família biológica, e a pequena também tinha sofrido dentro da barriga. O que Kate não tinha notado logo de primeira foi a maior coincidência de todas: o primeiro nome da mãe biológica era o mesmo. Como é que seria possível? A história estava se repetindo…
Uma descoberta
Kate estava realmente intrigada com aquelas coincidências. Mesmo com um dia de diferença na data de nascimento, poderia sim ser a mesma pessoa. Aquela data poderia ter sido escrita por engano, ou a mãe poderia ter falado diferente por estar sob efeito de drogas. Ela resolveu investigar a fundo, o máximo que pôde, até que conseguiu encontrar a mulher.
A confirmação
Kate conseguiu que a mãe da menina fosse a uma reunião com a assistência social. Eles fizeram muitas perguntas e viram muitos documentos. Mais tarde, o telefone de Kate tocou. Ninguém estava acreditando no que aconteceu. A funcionária que ligou disse: “Essa história me parte o coração e eu não consigo acreditar, mas tenho 90% de certeza de que você está certa e de que isso é um milagre.” Um pouco depois, Kate recebeu outra ligação que, de fato, confirmou sua suspeita. Encontraram o mesmo sobrenome no registro das crianças. Seus dois bebês eram irmãos de sangue!
O DNA
Mesmo certos de que aquelas duas crianças eram irmãs de sangue, não só pelos documentos, mas também com traços físicos semelhantes, era preciso confirmar. Kate fez um exame de DNA e o resultado a deixou muito emocionada. Sem saber, ela estava cuidando de dois irmãos, e todos naquela família tiveram muita sorte em se encontrarem. A emoção tomou conta.
A família cresceu
Kate já sabia o que deveria fazer. Ela logo deu início ao processo de adoção da sua nova filha, pois esses irmãos mereciam crescer juntos e ela já tinha um imenso amor por eles. Essa era sua família e nada poderia mudar este fato. Agora eles eram Grayson, Zoe e Kate Page.
As surpresas nunca terminam, mas essa história continua muito feliz
Kate conseguiu se encontrar com a mãe biológica de seus filhos. Queria saber quem era a mulher e por que os tinha abandonado. Queria saber se ela não tinha qualquer intenção de pegá-los de volta. Para a surpresa de Kate, quando se encontrou com a mulher percebeu que ela estava grávida outra vez e que pretendia fazer a mesma coisa. Kate não podia julgar aquele comportamento, mas sabia que precisava tomar uma atitude. Então, mesmo sabendo que seria um desafio enorme, ela conversou com a mãe, que aceitou entregar o terceiro bebê para Kate e manter os três irmãos juntos. Atualmente o processo de adoção do novo irmãozinho está em andamento e essa família extraordinária segue absolutamente feliz.
Crédito das imagens: @woodandgraceblog/Instagram