Em 1948, quando estava com 31 anos de idade, a chinesa Huang Yijun engravidou. Porém, a gravidez não foi levada adiante, pois Huang descobriu que o feto não tinha aderido ao útero e tinha morrido. Em gestações desse tipo, é comum ocorrer um aborto espontâneo.
Huang sabia que seu bebê não tinha vingado e esperava pelo aborto espontâneo, mas nunca aconteceu, pois o feto estava muito grande. Nesse caso, ela deveria passar por uma cirurgia de retirada feto, só que por não ter condições financeiras, a cirurgia também nunca aconteceu.
“Era uma quantia enorme na época – mais do que toda a família ganhou em vários anos, então eu não fiz nada e o ignorei”, contou ela, quando procurada pela mídia em 2009.
A vida seguiu normalmente, e Huang pensou que estava tudo bem, afinal já tinham se passado 60 anos. Até que um dia, aos 92 anos de idade, ela começou a sentir fortes dores na região abdominal. As dores incomodavam tanto que ela precisou ir ao médico.
Ela contou a história do feto morto, e ao fazer exames, os médicos viram que o feto ainda estava lá, e era o motivo das dores, mesmo após tantos anos sem causar sintomas.
O que aconteceu com o corpo de Huang foi que, para protegê-la de um processo de decomposição do feto, o organismo criou uma camada calcificada em volta deste, deixando-o mumificado.
O caso de Huang é raro, mas não é o único. Esse tipo de fenômeno é chamado de litopédio ou criança de pedra, e existem uns 30 casos registrados no mundo.
Então, para resolver as dores e voltar a ter qualidade de vida, Huang foi submetida a uma cirurgia de remoção do feto no ano de 2009, após 60 anos da descoberta da gestação.
Veja também: “escorregou de uma vez só!” — mãe dá à luz saindo do elevador do hospital