De acordo com algumas tradições – algumas delas tão antigas, que a origem acabou por se perder ao longo dos anos, um astro têm um período de regência determinado. Ou seja, a cada 36 anos um planeta ou estrela influenciam, de certa maneira, a vida de todas as pessoas.
Desde o ano de 1981 estamos sendo governados pelo Sol. E, segundo as características dessa estrela, o mundo vem dando importância ao crescimento e destaque pessoal, a necessidade de ser reconhecido e admirado. Não é para menos; como o Sol é o centro do nosso sistema, é natural que essa regência seja caracterizada por uma necessidade de cuidar do “eu”, ao invés do “nós”.
São selfies postadas a todo o momento nas redes sociais, a busca pela realização dos desejos e das vontades de cada, pelos direitos e por sonhos. Cuidar do “eu” é muito importante, o problema é quando esquecemos que vivemos em uma sociedade, e só pensamos no nosso próprio umbigo. E parece que era esse o caminho que estávamos tomando. Esquecermos o coletivo, a bondade, o próximo.
O Sol também é associado a uma criança, ou mesmo a “criança interior” de cada um dos que já são crescidos. Tudo girou em torno de crianças e para crianças – os pais chegaram até mesmo a perder o controle sobre seus filhos, deixando-os sem limites e disciplinas. A criança, seja ela interior ou não, quer sempre mais e agora. O Sol, como enaltece o “eu”, trata de atender. Mas, tudo o que é em excesso acaba fazendo mal.
Nesses 36 anos de regência solar, podemos destacar os pontos positivos e negativos dessa influência:
Positivos: vontade, capacidade de decidir, ser motivado por uma causa ou finalidade, exaltação da criatividade. A formação de cada pessoa como um indivíduo singular, com vontades, desejos e medos que o fazem único.
Negativos: narcisismo, postura orgulhosa em demasia, vontade de dominar, incapacidade em dosar o poder e abusar dele, vaidade, perda da percepção do que é realmente importante, e dar valor a coisas fúteis e vazias.
O Sol, quente e sempre associado à esperança e luz, nos fornece as condições necessárias para a vida tal qual a conhecemos mas, se chegarmos muito perto dele, seremos queimados. Muitos acreditam que o mundo já estava passando dos limites em relação a essa busca do “eu”.
Quem governará agora?
Os 36 anos do Sol terão se passado assim que o relógio marcar a famosa 0 hora do dia 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.
E, para o ano de 2017, depois da criança mimada que o Sol despertou em todos nós, Saturno chega, tal qual uma mãe severa, para organizar a bagunça.
Veremos menos a busca do indivíduo, menos exaltação à futilidade e inutilidade: para sermos alguém de destaque no mundo, será preciso ser, de fato, útil e competente.
Saturno trará, a partir de 2017, menos vontade e mais responsabilidade. Mais seriedade, mais competência e menos futilidade que serve apenas para encher o ego.
Deus será de mais cobranças, e pedirá de seus filhos mais maturidade e responsabilidade. A vida não é uma grande festa.
Para muito, isso pode parecer uma terrível notícia. Mas tente analisar da seguinte forma: as festas são sempre muito boas mas, por vezes, fazem tanta bagunça, que não valem a pena. O trabalho maduro e responsável pode até tirar um pouco do tempo antes dedicado às diversões, mas a bagunça, com certeza, não será tão grande como quando levamos a vida “na flauta”.
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